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Roger dá sinais de alívio e diz que vitória muda viés do Grêmio na Série B

Treinador chegou a brincar com pressão por demissão: "Deixei roupa à paisana na mala" - PABLO NUNES /AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
Treinador chegou a brincar com pressão por demissão: "Deixei roupa à paisana na mala" Imagem: PABLO NUNES /AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

08/06/2022 00h57

A expressão de Roger Machado, na entrevista coletiva depois de Grêmio 2 x 0 Novorizontino, diz muito sobre os efeitos da vitória na 11ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O treinador gremista apareceu com semblante de alívio e nas falas, valorizou ao máximo o resultado e a atuação segura na Arena do Grêmio.

Diego Souza e Janderson fizeram os gols da partida. Antes, Bitello balançou as redes, mas o lance foi anulado por impedimento - confirmado pelo VAR.

"Estávamos há cinco jogos sem vencer e agora temos cinco jogos de invencibilidade. Muda a linha de raciocínio e o viés. Foi um jogo do mesmo nível do jogo com o Vasco, pela segunda vez a gente competiu muito e sofreu muito pouco. Temos muitas coisas para ajustar, mas acho que fizemos um bom jogo", disse Roger Machado.

A vitória caiu como uma dose de fôlego na campanha do time. Depois de um mês sem vencer e 395 minutos sem marcar gols, os jejuns acabaram. E com o fim deles, esperança.

"O que buscamos agora é ter o mínimo de tranquilidade para fazer ajustes. A partir da vitória, a partir dos três pontos, dá para começar a delinear ajustes com três zagueiros, com jogadores mais leves pelo centro. Essa perna rápida permite pressionar e recuperar a bola. A vitória foi muito importante e de novo, eram cinco jogos sem vencer e agora são cinco jogos sem perder", reafirmou o treinador gremista.

Em outros momentos da entrevista, Roger brincou com passagens e histórias. Falou sobre a pressão sofrida nas últimas semanas e possibilidade de demissão.

"Por vezes as pessoas acham que o treinador de futebol, como no Brasil a sequência média é de cinco meses, está acostumado com esses movimentos. A gente não está acostumado. A gente se adaptada, mas não é um movimento fácil. O looping de estar sempre na iminência de ser demitido. Essa iminência eu não senti porque não vejo (imprensa). Mas eu sabia que ela estava acontecendo do lado de fora. Do lado de dentro nunca senti, pelo contrário. Sempre recebi apoio para fazer trabalho com tranquilidade. A tranquilidade interna é que faz você seguir. Mesmo assim, como profissional, eu sempre deixo uma roupa à paisana para exame ao lado da roupa do clube. Minha mulher vê que estou levando calça, camisa, sapato próprios ela já fala 'não está legal a coisa'", declarou Roger.

O Grêmio volta a campo diante do Sport, na segunda-feira (13), em Recife.