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Atlético-MG vê pressão externa crescer, mas não cogita a troca do treinador

Turco Mohamed tem apenas quatro derrotas em 33 jogos no comando do Atlético-MG - Alessandra Torres/AGIF
Turco Mohamed tem apenas quatro derrotas em 33 jogos no comando do Atlético-MG Imagem: Alessandra Torres/AGIF

Victor Martins

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte (MG)

10/06/2022 04h00

Os números são satisfatórios, afinal de contas o Atlético-MG do técnico Turco Mohamed perdeu apenas quatro vezes em 33 partidas, além de ter conquistado todos os objetivos traçados para os primeiros meses de 2022: venceu a Supercopa do Brasil, venceu o Campeonato Mineiro, ficou em primeiro no Grupo D da Copa Libertadores e avançou na Copa do Brasil. Mas o futebol apresentado pelo Galo ainda não é satisfatório e a pressão pela queda do treinador está cada vez maior. Pressão externa, já que dentro do clube a demissão do técnico argentino ainda não foi cogitada.

A derrota para o Fluminense, por 5 a 3, só aumentou a cobrança sobre a direção do clube. Mais do que o resultado negativo no Maracanã, a facilidade que o time tricolor teve para fazer os gols foi o que assustou os torcedores do Atlético. A preocupação é com os mata-matas que estão por chegar, com o Flamengo, pela Copa do Brasil, e com o Emelec, pela Copa Libertadores. Passados quase cinco meses de trabalho, a sensação é de que o Galo não está preparado para os jogos decisivos.

Mas a possibilidade de trocar Turco Mohamed por outro profissional não foi pauta entre os dirigentes do Atlético. A avaliação do trabalho é positiva, não apenas pelos resultados já conquistados, mas também pela maneira como Turco Mohamed e seus auxiliares conduzem o dia a dia na Cidade do Galo. Enquanto a pressão fica maior externamente, a diretoria tem seus motivos para ainda confiar no sucesso do treinador.

O primeiro deles está relacionado ao elenco à disposição do treinador. Desde o final do ano passado, o plantel atleticano enfraqueceu, pois foram mais saídas do que entradas, algo que a direção pretende equilibrar na próxima janela. O atacante Pavón já está contratado e o zagueiro Jemerson interessa, por exemplo. Além disso, nos jogos mais recentes, foram muitos desfalques por lesões e convocação. Portanto, o entendimento dentro do Atlético é que a queda de produção tem ligação com a ausência de jogadores importantes.

As dificuldades encontradas por Cuca nos primeiros meses de 2021 também ajudam Turco Mohamed. O técnico que foi campeão brasileiro e da Copa do Brasil foi bastante criticado assim que assumiu o time alvinegro, e teve a demissão pedida em vários momentos, como na derrota para o Cruzeiro e o começo ruim de Brasileirão, com três derrotas nas sete primeiras rodadas. A equipe de Cuca só se encontrou a partir de julho, quando iniciou uma sequência de nove vitórias que fizeram a equipe subir do 9º lugar, após sete rodadas, para a liderança, na 15ª rodada.

Para diminuir a pressão externa e seguir com o respaldo da diretoria, Turco só tem uma opção: ganhar. Neste sábado, o Atlético recebe o Santos, no Mineirão, às 19h, pela 11ª rodada do Brasileiro, e precisa vencer para esfriar os ânimos da torcida e manter tudo em ordem na Cidade do Galo.

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