Abel elogia entrega do Palmeiras e lamenta confusão no Couto: 'tristeza'
O técnico Abel Ferreira celebrou a vitória por 2 a 0 do Palmeiras sobre o Coritiba, que pôs fim a um jejum de 25 anos, elogiando a entrega de seus jogadores dentro de campo. Segundo ele, os alviverdes deram o melhor para conquistar uma vitória justa.
"[O mérito foi] que todos se comprometeram, defenderam e atacaram. Minha função é dar as coordenadas, mas quem faz o caminho são eles. Fico orgulhoso, mesmo quando perdemos eles fazem tudo. Ver os jogadores dar o melhor que podem para cumprir com o que pensamos coletivamente", afirmou o treinador português.
A fim de vencer o confronto, para Abel, era necessário assumir a superioridade técnica e igualar o Coxa no nível de competitividade. E foi o que aconteceu, avaliou o técnico:
"Hoje fomos uma equipe muito séria e competente. E temos que assumir que somos melhores que o Coritiba, e essas equipes são mega competitivas."
A confusão nas arquibancadas do Couto, respondida pela polícia com spray de pimenta, o que atingiu reservas palmeirenses e a própria comissão técnica, foi cenário de duas perguntas para o comandante do Palmeiras, que lamentou os fatos no estádio do Coritiba.
"Sentimento de tristeza. Pra mim o futebol é alegria, tem que unir as pessoas, não pode ser um meio de ódio. Não é assim que funciona. Precisamos do Corinthians, do São Paulo, do Flamengo. Precisamos dos melhores clubes. O futebol é um espetáculo em que as pessoas têm que entender que existe a vitória, a derrota e o empate, não há equipe que ganhe sempre ou perca sempre. Lamento profundamente porque o futebol tem que ser um espetáculo, todos têm que vir em segurança, se não vamos perder torcedores", concluiu o português.
Na próxima rodada, na quinta-feira (16), o líder Palmeiras recebe o Atlético-GO, no Allianz Parque.
Confira mais respostas de Abel Ferreira na coletiva de imprensa:
25 anos sem vencer no Couto, e venceu com domínio. Qual é o limite?
"Não sei. Já disse que esta época, depois de entrarmos como entramos, sem saber a intensidade de jogos, não sabia se íamos quebrar. Não posso dizer. O que posso dizer é nossa obrigação, dar o nosso melhor em cada jogo. As coisas têm que correr bem, mas temos que estar preparados que a qualquer momento pode mudar. Que entendam que têm que fazer tudo o que puder para ganhar o jogo."
Elenco sente confusões com torcida? O que sente diante dos acontecimentos?
"Posso olhar de forma específica, e o sentimento é de tristeza. Mas posso dizer que, quando saía do jogo, vi a torcida do Coritiba aplaudir, e queria dizer parabéns para eles, porque o time perdeu, mas reconheceram que o time fez tudo o que tinha. Por esse fato, senti, porque também senti nos olhos, acho triste. Mas posso dizer, por outro lado, que o que ficou ao ver a torcida aplaudi-los no fim do jogo. Cada macaco no seu galho: espero que as entidades competentes cheguem à frente e tomem decisões."
Calendário do futebol brasileiro. Como está o time para a próxima sequência?
"Sou bem resolvido e feliz, o que me preocupa é que façamos o melhor todos os dias. Não penso muito à frente. Não consigo vislumbrar o que vai acontecer nesses jogos. Vamos jogar sobrecarregados, os adversários também vão jogar sobrecarregados."
Intensidade contra o Coritiba
"Sabíamos das dificuldades que íamos encontrar aqui jogo. Uma equipe organizada, agressiva num bom sentido, que disputa um jogo vertical. Mas os jogos são oportunidades para nós. O adversário poderia ter feito um gol, mas fizemos dois, e foi uma vitória justa da equipe que foi melhor durante o jogo."
O Brasileiro é o objetivo dessa temporada?
"Vou entrar no meu discurso, e quando perder será igual: não sei o que vai acontecer, mas o símbolo que tenho aqui nos obriga a entrar para ganhar a cada jogo e disputar cada título. SE vamos ganhar, não sei. Mas faremos o melhor que pudermos. O futebol não é só vitórias. Semanas depois de ganhar a Libertadores já estávamos sendo criticados dentro do clube. Conheço bem os verdadeiros torcedores do Palmeiras, e para eles fazemos tudo que podemos, para lhes dar alegrias."
Qual é a sensação de um trabalho de 17 jogos de invencibilidade?
"O treinador é avaliado por resultados e títulos, e as contas só faço no fim. Tudo que acontece é mérito de um trabalho coletivo. Um trabalho de todos. Todos somos um. Eu sozinho não sou ninguém. Esse balanço eu faço no fim."
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