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Adiantou ou não? Ex-juízes analisam defesa que colocou Austrália na Copa

Andrew Redmayne, goleiro da Austrália, foi protagonista nos pênaltis contra o Peru - Mohammed Dabbous/Reuters
Andrew Redmayne, goleiro da Austrália, foi protagonista nos pênaltis contra o Peru Imagem: Mohammed Dabbous/Reuters

Bruno Madrid e Gustavo Setti

Do UOL, em São Paulo

14/06/2022 11h44

Classificação e Jogos

Ex-árbitros de futebol analisaram a defesa decisiva do goleiro australiano Andrew Redmayne contra o Peru, ontem, na repescagem da Copa do Mundo do Qatar. Redmayne pegou o pênalti cobrado por Alex Varela, mas gerou dúvida. Ele estava com os pés em cima da linha antes da cobrança?

Redmayne entrou nos minutos finais da prorrogação no lugar do goleiro titular Mathew Ryan, que é o capitão da Austrália. Antes de cada cobrança dos peruanos, ele ficava se movimentando e "dançando" para tirar a concentração dos jogadores adversários. No fim, os australianos venceram por 5 a 4 nas penalidades após empate sem gols.

Para Alfredo Loebeling, a defesa do goleiro da Austrália na última cobrança do Peru foi legal.

"O fato de ele ficar pulando antes da cobrança não significa nada. Não tem nada na regra que impeça que ele faça isso, desde que parte de pelo menos um dos pés esteja sobre a linha no momento da cobrança. Para mim, o calcanhar está sobre a linha e, no momento da cobrança, a defesa é válida. Não vejo nenhuma irregularidade nessa defesa. Ele não fez nada que não esteja na regra", disse ao UOL Esporte.

Já José Aparecido de Oliveira acredita que o pênalti deveria ter sido cobrado novamente.

"Nota-se que o goleiro deu um passo à frente infringindo a regra, embora antes da cobrança sua movimentação era perfeita. Sendo assim, a cobrança deveria ser repetida", explicou à reportagem.

Carlos Eugênio Simon, comentarista de arbitragem dos canais Disney, concorda. "O goleiro pode ser mover lateralmente com os pés sobre a linha. Ele salta para frente da linha. A penalidade deveria ser repetida."

Sandro Meira Ricci, comentarista de arbitragem do Grupo Globo, foi na mesma linha de raciocínio de José Aparecido e Simon.

"A gente percebe que o goleiro, na mania dele de ficar se movimentando, antes da cobrança ele dá um pulo para frente. A regra fala que, antes da cobrança, o goleiro tem que permanecer sobre a linha do gol. Se no momento em que ele dá essa quicada para frente, ele tira os pés da linha, é irregular e não poderia ter validado a defesa", declarou no SporTV.