Por que Grêmio não vai se dar bem em negócio do Fla por Everton Cebolinha

O Grêmio acompanha com atenção a definição do futuro de Everton Cebolinha, de saída do Benfica e em tratativas com o Flamengo. O interesse gremista se baseia no contrato assinado com os portugueses, em agosto de 2020, que prevê 20% de futura transferência em cenário específico. Justamente o contexto que não deve se realizar agora.

Aos 26 anos, Everton recebeu sondagens da Espanha e Itália, mas topa voltar ao Brasil para recuperar o alto nível dos tempos de Grêmio, que o levou a ser convocado algumas vezes por Tite para a seleção brasileira. O Flamengo demonstra otimismo com a conclusão do negócio.

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O contrato entre Grêmio e Benfica tem cláusula que garante aos gaúchos percentual de mais-valia na operação que pode tirar Everton Cebolinha do estádio da Luz. Mas o artigo só é ativado justamente se a negociação envolver mais de 20 milhões de euros (cerca de R$ 106,5 milhões na cotação atual) — quantia paga pelos portugueses em 2020.

A partir de 20 milhões de euros, o Grêmio fica com 20% da diferença. Um exemplo pode ser dado com quantia de 30 milhões de euros. Neste cenário, o clube gaúcho teria direito a 2 milhões de euros, por contrato.

O Flamengo oferece 14 milhões de euros ao Benfica por Everton Cebolinha. Quantia abaixo da operação entre Grêmio e os portugueses é impossível de ativar a cláusula de mais-valia.

A cláusula foi adicionada pela projeção de ascensão do meia-atacante na Europa. Benfica, Grêmio e o próprio estafe de Everton planejavam passagem por Portugal e transferência para uma grande liga, com cifras ainda maiores do que aquelas envolvidas há quase dois anos. Depois de 95 jogos no time português, Cebolinha está perto de voltar ao Brasil.

Em caso de conclusão do negócio entre Fla e Benfica, o Grêmio receberá apenas o percentual de mecanismo de solidariedade — previsto pela Fifa para clubes formadores. Além do time gaúcho, o Fortaleza também tem direito a participação.

O contrato entre Flamengo e Everton Cebolinha deverá ser de cinco anos, conforme apurou o UOL Esporte.