Depois de perder em casa para o Atlético-GO por 2 a 0 em casa no sábado (11), atuando por 70 minutos com um a menos, o Fluminense teve a chance de se vingar diante do América-MG na noite de hoje (15). No entanto, mesmo atuando com um a mais desde os 10' de partida, a equipe das Laranjeiras ficou apenas no empate sem gols no duelo da 12ª rodada do Brasileirão, na Arena Independência.

Alê, por uma cotovelada em Nino, foi expulso após revisão no monitor do VAR com apenas 10' da primeira etapa. Isso fez com que a equipe carioca rondasse a área do Coelho, porém sem criar muitas chances claras para abrir o placar. O time mineiro soube se fechar e, esporadicamente, conseguiu ameaçar nos contra-ataques.

Com a igualdade no marcador, os dois clubes seguem com a mesma pontuação: 15 pontos. O Tricolor, pelo melhor saldo (-1 a -2) fica na 10ª colocação, enquanto o time mineiro fica em 12º, atrás também do Coritiba, que tem mais gols pró (16 a 11).

Relacionadas

Bragantino vence Coritiba com primeiro tempo avassalador e falha de Muralha

Atlético-MG para no Ceará, empata e Turco Mohamed vê pressão aumentar

Flamengo bate Cuiabá, vence a primeira com Dorival e alivia a pressão

Quem foi bem: Pedrinho e Carlos Alberto

Os dois atacantes levaram muito perigo nos contragolpes na segunda etapa. Utilizando a velocidade, mantiveram o Coelho vivo na partida, apesar da superioridade numérica do Fluminense.

Quem foi mal: Wellington

Não começou bem a partida e ficou sem função com a expulsão de Alê, pois o Coelho apostava nos contragolpes e não exigia nenhuma marcação no meio-campo. Vaiado pela torcida durante todo primeiro tempo, saiu de campo no intervalo para a entrada de Nonato.

Atuação do Fluminense: muita bola, pouco chute

Com um a mais desde os 10', o Tricolor teve 77% de posse de bola na primeira etapa. No entanto, rodou muito e não conseguiu nenhum chute ao gol de Jailson. "Temos a bola, mas não temos movimentação. Fica difícil para a gente, e fácil para quem está marcando", analisou Ganso, na saída para o intervalo, ao Premiere.

A equipe cresceu de produção após o intervalo, entretanto não chegou a pressionar o adversário.

Atuação do América-MG: abrindo nas pontas

Os mandantes iniciaram pressionando, porém tiveram que mudar a estratégia com a expulsão de Alê. Mesmo sem fazer alterações, o time conseguiu se fechar muito bem na defesa e passou a apostar ainda mais na velocidade de Everaldo e Felipe Azevedo para puxar os contra-ataques pelo lado do campo na primeira etapa.

Na etapa final, os dois saíram para as entradas de Pedrinho e Carlos Alberto, que deram ainda mais velocidade e criando ao menos uma grande chance para balançar a rede.

VAR muda cenário do jogo

Alê subiu com o braço aberto em disputa de bola com Nino, aos 8' da etapa inicial, no meio-campo. Em campo, Daronco não deu cartão para o meia do time mineiro, mas, após ser chamado para a revisão no monitor - que demorou cerca de dois minutos -, entendeu que Alê acertou o rosto do defensor tricolor e, por isso, o expulsou.

Com um a menos, o Coelho deixou de propor o jogo, como vinha fazendo e se fechou. A retranca deu muito certo no primeiro tempo, onde o Flu não conseguiu criar nada e a equipe da casa ainda conseguiu encaixar contragolpes.

Everaldo 'busca' o pênalti

Com apenas dois minutos de jogo, o atacante se jogou na área em uma disputa com Ganso para tentar cavar uma penalidade. Daronco mandou seguir.

Ainda na primeira etapa, aos 34', ele se jogou - e rolou muito depois - em uma dividida com a zaga no rebote de Aloísio. Mesmo no chão e fora das quatro linhas, o árbitro lhe mostrou o cartão por simular a falta na área.

Segundo tempo mais animado

A entrada de Carlos Alberto, no América, e de Nonato e Jhon Kennedy, no Flu, deixaram as duas equipes mais perigosas. O garoto de 20 anos mostrou muita agilidade e, após vencer Manoel na corrida, ficou cara a cara com Fábio, aos 2', contudo bateu mal.

Já nos visitantes, a equipe conseguiu se movimentar mais para criar espaços e articular as jogadas. Diferentemente do primeiro tempo, os cruzamentos também passaram a ser uma alternativa ao time.

Ganso se irrita

John Kennedy recebeu de Nonato e Jailson saiu do gol para conseguir espalmar e fazer uma grande defesa aos 20' da etapa final. Um minuto depois, o atacante tentou uma bicicleta e o meia do Tricolor não gostou nada da opção feita por ele, iniciando um bate-boca mais quente. Manoel chegou e ajudou a apaziguar a situação.

Trave impede gol de Pedrinho

O atacante do Coelho, que voltou a jogar depois de uma amigdalite, entrou acordado em campo e teve liberdade para carregar pela esquerda até entrar na área e bater cruzando, acertando a trave aos 31'.

Experiência nos gols

Fábio, de 41 anos, e Jailson, de 40, fizeram o confronto entre os goleiros mais velhos da Série A. Os dois, que começaram o ano vinculados com o Cruzeiro, que está na Série B, foram pouco exigidos durante os 90 minutos.

Próximos jogos

Os dois clubes voltam a campo no domingo (19), pela 13ª rodada do torneio. Às 18h, o Coelho visita o Fortaleza na Arena Castelão. Uma hora depois, às 19h, o Tricolor recebe o Avaí no Maracanã.

FICHA TÉCNICA:

AMÉRICA-MG 0 x 0 FLUMINENSE
Competição: Série A do Campeonato Brasileiro - 12ª rodada
Data: 15 de junho de 2022, quarta-feira
Horário: 21h30 (de Brasília)
Local: Arena Independência, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Michael Stanislau (RS)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)
Cartões amarelos: Everaldo, Carlos Alberto, Marlon (AME); Nonato (FLU)
Cartão vermelho: Alê (AME).

AMÉRICA-MG: Jailson; Raúl Cáceres (Patric), Éder, Conti e Marlon (Danilo Avelar); Lucas Kal, Juninho e Alê; Felipe Azevedo, Everaldo (Carlos Alberto) e Aloísio (Pedrinho). Técnico: Vagner Mancini.

FLUMINENSE: Fábio; Samuel Xavier, Nino (Nathan), Manoel e Caio Paulista; Wellington (Nonato), Yago Felipe (John Kennedy) e Ganso; Luiz Henrique, Matheus Martins (Alexandre Jesus) e Cano. Técnico: Fernando Diniz.