São Paulo abre comemorações em homenagem a ano mágico de 1992

Há exatos 30 anos o São Paulo conquistava a América do Sul pela primeira vez em sua história e dava o pontapé para se tornar um dos clubes mais tradicionais do torneio. Pensando no ano mágico de 1992, a diretoria do Tricolor Paulista anunciou uma série de homenagens ao elenco da época. Além disso, lançou a nova linha de produtos em alusão às conquistas.

O anúncio foi realizado pelo presidente do clube, Julio Casares, em evento realizado no Estádio Cícero Pompeu de Toledo, nesta sexta-feira (17). O cartola estava acompanhado do vice-presidente Harry Massis Jr. e do diretor de marketing Eduardo Toni. O mandatário do Tricolor Paulista na época, José Eduardo Mesquita Pimenta, também estava escalado, mas se tornou ausência devido a problemas médicos.

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"O São Paulo vive um momento de reconstrução nas finanças. Vi uma frase que diz que a melhor maneira de prever o futuro é reconstrui-lo. E olhando as glórias do passado. É valorizar a história, e que o São Paulo visa novamente esse caminho incontestável de sua grandeza", disse o presidente Julio Casares em entrevista coletiva.

Uma das intenções da diretoria são-paulina era promover uma partida amistosa contra o Barcelona, rival da decisão da Copa Europeia/Sul Americana de 1992, também conhecida como Mundial de Clubes. Sem sucesso no acordo com o time catalão, o Tricolor já revelou a intenção de promover o reencontro no próximo ano.

"Tentamos trazer o Barcelona [para um amistoso]. Muitos jogadores, por já terem passado 30 anos, não conseguiriam jogar. A insegurança da pandemia também atrapalhou. Quem sabe o ano que vem, é um dos nossos projetos, consigamos trazer o Milan para fazer uma grande festa", explicou o mandatário do Tricolor.

O diretor de marketing do São Paulo, Eduardo Toni, explicou que o clube não gastou nada para realizar as homenagens aos ídolos. "O mais importante é que, para que tudo isso seja feito, não gastamos um real. Os patrocinadores estão arcando com as homenagens e festas. Não traz despesa para o clube e, obviamente, vai trazer receita, mas o principal objetivo é não deixar em branco uma data tão importante".

Sobre a linha de produtos do Tricolor Paulista, a diretoria anunciou que as vendas começam imediatamente. A lista divulgada pelo clube inclui camisas com estampas de jogadores da época, chinelos, objetos domésticos, copos comemorativos, miniaturas das taças, entre outros. Além do livro comemorativo, que deve estar disponível em pré-venda dentro de 15 dias.

"As vendas começam logo. Alguns produtos, acabando a coletiva, já vão estar disponíveis para os torcedores. As miniaturas ainda estão na alfândega, mas, semana que vem, já devem estar liberadas. Sobre o Tour das Taças, isso vai acontecer nas lojas São Paulo Mania, sempre aos finais de semana, para o torcedor poder comparecer. Os produtos, a maioria deles, já vão estar disponíveis na segunda-feira. Os livros também podem ser pré-adquiridos daqui 15 dias", explicou Eduardo Toni.

Homenagem a Telê Santana

Grande líder do São Paulo entre 1990 e 1996, o professor Telê Santana será homenageado pelo Tricolor Paulista ainda neste ano. A diretoria planeja instalar uma estátua do histórico treinador no estádio do Morumbi, possivelmente em frente ao portão principal, em frente à Praça Roberto Gomes Pedrosa.

Os cartolas do clube não divulgaram muitos detalhes, mas confessaram na coletiva que haverá um grande tributo ao ex-comandante. "Temos símbolos. O grande símbolo dessa geração é o Telê. Por isso, terá uma grande homenagem. A maioria [do time] está viva. Isso é louvável. O brasileiro não tem muito costume de fazer homenagens para os vivos. Vamos tentar fazer isso", disse Eduardo Toni.

A grandeza do treinador foi descrita pelos próprios jogadores da época, que estavam no Morumbi para prestigiar as comemorações do clube. Um deles foi o ex-zagueiro e atual técnico do Bolívar-BOL, Antônio Carlos Zago, titular do Tricolor na primeira conquista da Copa Libertadores da América.

"Eu tive períodos da minha carreira aqui no São Paulo, tínhamos um time técnico, que não era tão bom talvez individualmente, mas era um time que taticamente e tecnicamente sobrava em campo. Participei do Palmeiras de 1993 e 1994 que, individualmente, acredito que tinha melhores jogadores. Mas, na minha opinião, não jogava como o São Paulo de 1992 e 1993", comparou o ex-zagueiro com passagens pela seleção brasileira.

Já o ex-atacante Palhinha, artilheiro da competição continental de 92, foi questionado se o Palmeiras de Abel Ferreira poderia ser comparado ao time bicampeão da Libertadores nos anos 90. "Time nenhum vai ser comparado ao São Paulo de Telê em 1992. Não tem time para comparar. Se pegar esse time deles agora e jogar, eles iriam perder de novo", disse.

Reprise da decisão da Libertadores de 1992

O evento desta sexta-feira (17) também contou com a reprise da decisão da Libertadores de 1992 diante do Newell's Old Boys, há exatos 30 anos, no próprio Morumbi. Cerca de 2500 sócio-torcedores puderam assistir ao jogo dentro da casa do Tricolor Paulista, em reprodução que foi realizada no telão do estádio.

Também estiveram presentes os jogadores e membros da comissão técnica do São Paulo na época, com exceção de algumas ausências, entre elas Pintado (com covid-19) e Zetti (viajando no período de férias).

Vale mencionar que a transmissão da partida enfrentou algumas instabilidades no Morumbi. Apesar dos problemas técnicos, os torcedores presentes não perderam o bom ânimo e até brincaram com as quedas de sinal.