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Turco e reforços de 2022 evidenciam decisões arriscadas do Atlético-MG

Lohanna Lima

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte, MG

17/06/2022 04h00

O Atlético-MG vive o seu momento mais turbulento desde a temporada passada quando conquistou o Campeonato Mineiro, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil. Entre diversos fatores que colaboram para o momento atual, dois possuem ênfase: o trabalho do técnico Turco Mohamed e um enfraquecimento do elenco em relação ao do ano passado.

O treinador não era a primeira opção do Atlético, que teve dificuldade para encontrar um substituto após a saída de Cuca. A aposta em um técnico estrangeiro que consolidou boa parte de sua carreira entre a Argentina e o México e era muito pouco conhecido no Brasil surpreendeu em um primeiro momento. No entanto, o fato de o time possuir um altíssimo nível técnico e ter demonstrado isso com conquistas no ano anterior parecia sustentar a tentativa.

Passadas 12 rodadas do Brasileiro, o Atlético se encontra na sexta posição na tabela, com 18 pontos e está a sete do Palmeiras, que possui 25 e lidera a competição. Diante deste cenário, dificilmente Turco seguirá no comando do time caso não vença o Flamengo, domingo (19), no Mineirão, às 16h, pelo Brasileirão.

Outro problema é que o Atlético perdeu peças coadjuvantes como os meias Nathan e Hyoran, os atacantes Dylan Borrero e Savarino, além de Diego Costa, e trouxe jogadores que não responderam em campo. Sem fazer investimentos, o clube optou por atletas que chegaram de graça ao Galo, mas que ainda não se encaixaram.

Fábio Gomes e Ademir foram as peças escolhidas para o ataque. O primeiro pertencia ao Oeste e estava na MLS. Ele foi a exceção em meio à estratégia de esperar por jogadores livres no mercado ou em fim de contrato e veio após compra dos direitos junto à equipe paulista. O atacante nunca se firmou, teve atuações questionadas e nem sequer foi relacionado para algumas partidas.

Ademir, depois de duas ótimas temporadas pelo América-MG, ainda não justificou sua transferência e deixa a desejar no desempenho se comparado a Savarino, seu antigo concorrente direto à vaga pelo lado direito.

Outro equívoco foi a contratação de Diego Godin junto ao Calligari-ITA. O jogador não passou nem perto do desempenho de anos anteriores pelo Atlético de Madrid e seleção uruguaia e caminha para deixar o clube alvinegro rumo ao Vélez Sarsfield-ARG.

A exceção é o volante Otávio. Apesar de não ser titular, o jogador sempre foi regular quando acionado e já pede há algum tempo passagem como titular no time de Turco, que vem sendo conservador e mexendo pouco nas peças de meio-campo.

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