Ex-árbitros analisam lances polêmicos em jogos do Corinthians e do Botafogo
A rodada do Brasileirão no fim de semana teve polêmicas envolvendo pênaltis, principalmente, em dois jogos: Corinthians 1 x 0 Goiás e Inter 2 x 3 Botafogo. Ex-árbitros e comentaristas de arbitragem analisaram os lances.
No jogo realizado em São Paulo, o gol corintiano saiu em cobrança de pênalti após lance duvidoso. Roger Guedes roubou bola na entrada na área e rolou para Adson, que bateu para o gol. No rebote de Tadeu, Guedes chutou, e a bola pegou no braço de Caio Vinícius, que estava apoiado no solo. O árbitro Bráulio da Silva Machado assinalou a penalidade, convertida por Fábio Santos.
Alfredo Loebeling acredita que o pênalti existiu. "Eu marcaria. Quando o jogador dá o carrinho, o braço aberto está aumentando o espaço. Tem que levar em consideração se ele ataca ou não ataca a bola. Ele dá o carrinho para evitar que a bola passe e abre o braço. Você tem que marcar [o pênalti]", afirmou ao UOL Esporte.
Carlos Eugênio Simon discorda. "Não houve penalidade. O Roger Guedes bate a bola, o Caio Vinícius vai bloquear o chute, pega na barriga e depois vai para o braço. É um gesto natural. Para cair, ele vai se apoiar com o braço. Nada a marcar", opinou.
No mesmo jogo, o Goiás pediu pênalti após Pedro Raul ser puxado por Robson Bambu dentro da área. A arbitragem mandou o jogo seguir.
"O zagueiro do Goiás foi imprudente ao se jogar para interceptar o chute a gol, deixando o braço bem aperto. E o outro também agarrou a camisa, claramente, e o juiz e o VAR não viram. Os dois lances foram pênalti", declarou Arnaldo Cezar Coelho ao Mesa Redonda, da Gazeta.
"Foi pênalti do Bambu no Pedro Raul. É um lance difícil de ver no campo, porque é um puxão na camisa pelas costas. O VAR deveria ter sugerido, esse lance é muito dificil do árbitro ver. O VAR deveria ter chamado porque o árbitro não viu. Pênalti não marcado", completou Simon.
Pênalti para o Inter?
Em outro jogo marcado por polêmicas, o Botafogo venceu o Inter, de virada, por 3 a 2. Logo aos seis minutos do primeiro tempo, Alan Patrick recebeu na área e tentou o gol. A bola deu no peito e resvalou no braço de Philipe Sampaio. O árbitro Savio Pereira Sampaio não tinha marcado pênalti, mas foi chamado ao VAR, reviu o lance, marcou a penalidade para o Inter e ainda expulsou o defensor botafoguense.
"Acho uma grande injustiça, [a bola] bate na barriga, vai para a lateral e resvala no braço. Marcar um pênalti em um lance desse é um crime. E mais crime ainda é expulsar o jogador com cinco minutos", afirmou Arnaldo.
Loebeling vai na mesma linha: "O lance não tem o menor sentido, porque a regra fala da proximidade da jogada. Não tem como ele tirar o braço. O árbitro marca um pênalti que não é. Totalmente equivocado. É um lance de erro grosseiro da arbitragem, então o VAR deveria interferir nesse lance, mas ele interfere de maneira negativa. É um absurdo o pênalti e a expulsão".
Simon também discordou da marcação da arbitragem em campo. "Não houve pênalti. A bola pega na barriga e resvala no braço. Não houve penalidade e não haveria a expulsão."
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