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No Flu, Diniz colhe frutos de aposta feita em Samuel Xavier há 12 anos

Samuel Xavier, lateral direito do Fluminense, durante o jogo contra o Avaí, pelo Campeonato Brasileiro - Marcelo Gonçalves / Flamengo
Samuel Xavier, lateral direito do Fluminense, durante o jogo contra o Avaí, pelo Campeonato Brasileiro Imagem: Marcelo Gonçalves / Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

21/06/2022 04h00

Com a chegada de Fernando Diniz ao Fluminense, um dos jogadores que retomou espaço no elenco foi Samuel Xavier. O lateral direito, que vem se destacando, por ironia do destino, faz parte de uma lista de 'descobertas' que o técnico fez ao longo da trajetória à beira do gramado, e os dois se reencontraram nas Laranjeiras.

Em 2010, após estrear como treinador pelo Votoraty, Diniz chegou ao Paulista de Jundiaí. Lá, encontrou Samuel Xavier, que até então atuava no meio. O treinador, porém, o deslocou para a lateral direita. A aposta deu certo. Ele se firmou no setor e continuou a caminhada.

Desde então, passou por Guarani, São Caetano, Sport, Atlético-MG e Ceará, até que foi contratado pelo Fluminense para a temporada 2021. O ano corrente começou sob o comando de Abel Braga, que entregou o cargo em abril. A diretoria, então, acertou com Diniz, fazendo a parceria de outrora ser reeditada.

"O Samuel, desde que eu cheguei aqui, tem jogado muito bem. É um jogador que eu conheço, já trabalhei com ele no início da carreira dele e da minha, no Jundiaí, em 2010. Ele jogava mais por dentro, eu acabei colocando ele de lateral. É um jogador que eu acompanho, tenho um carinho muito grande, ele tem uma trajetória muito bonita dentro do futebol. É muito bom reencontrá-lo aqui e desfrutar junto dele desse momento positivo que ele está vivendo", disse, após a vitória do Tricolor sobre o Atlético-MG, quando Samuel Xavier fez um dos gols.

O camisa 2 é um dos exemplos de "descobertas" de Diniz. No próprio Flu, um exemplo mais notório foi Caio Henrique. Ele desembarcou nas Laranjeiras no início de 2019 como meio-campista e se despediu do clube como lateral esquerdo. Ao longo daquele ano, chegou a ser convocado por André Jardine para a seleção brasileira sub-23, que disputaria o Pré-Olímpico para os Jogos de Tóquio, para atuar na posição.

Outro velho conhecido da torcida do Fluminense que passou pelo processo de transformação foi Leo Pelé. Cria de Xerém, chegou ao São Paulo, em dezembro de 2018, como lateral esquerdo.

Sob os olhos do treinador, que esteve no Tricolor paulista entre 2019 e 2020, se tornou zagueiro e assim foi utilizado pelos sucessores Hernán Crespo e Rogério Ceni.

Atualmente no Santos, o volante Camacho foi revelado no Flamengo atuando mais como meia. Porém, no Audax-SP, em um dos encontros com Diniz, passou a atuar mais como volante. Eles ainda trabalhariam juntos no Guaratinguetá, Athletico-PR e no próprio Peixe.

"Improviso" no elenco atual

Nesta nova passagem pelo Fluminense, Diniz também fez testes. O volante Yago Felipe, por exemplo, chegou a atuar tanto na lateral-direita quanto na esquerda. Já o atacante Caio Paulista, tem sido utilizado na ala esquerda.

"Foi a primeira partida dentro da normalidade, 11 contra 11, sem campo alagado, e ele correspondeu totalmente à expectativa. O que eu imaginava é exatamente o que ele fez no jogo. Jogador de bastante força, não comprometeu em nada no sistema defensivo e foi muito positivo no ataque. Jogador que tem grande potencial, e é mais uma possibilidade para a carreira dele. Não quer dizer que ele não vai voltar para a posição de origem ou que os outros laterais não vão voltar, mas é uma possibilidade que eu estava pensando", afirmou, após o triunfo sobre o Avaí, no último domingo.

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