São-paulino explica por que jogou camisa: 'ato de amor movido pelo ódio'

A derrota do São Paulo para o Palmeiras, ontem, pelo Campeonato Brasileiro ficou marcada pela revolta do torcedor MC Rodriguinho do Marapé nas arquibancadas do Morumbi. Ao final da partida, o tricolor tirou a camisa do seu time do coração e atirou no gramado. Hoje, em entrevista à Rádio Bandeirantes, o músico explicou sua reação.

O torcedor afirmou que atirar a camisa foi a forma que encontrou para extravasar a frustração pela virada nos minutos finais do segundo tempo. Esta, porém, não foi a primeira vez que o músico descontou o mau resultado do São Paulo em roupas.

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"Foi um ato espontâneo, demonstrando toda a minha indignação com a situação que o time chegou, com a covardia que o time apresentou no segundo tempo. O Rogério deixou o Calleri isolado. Aí quando o Palmeiras estava pressionando ele coloca mais um zagueiro. Clássico se perde jogando para frente, mas nunca recuando", iniciou Rodriguinho ao programa "Esporte em Debate".

"Eu arremessei a camisa no gramado sagrado do Morumbi, o estafe pegou e me devolveu. A camisa está comigo, vai ser meu amuleto daqui para frente e nunca mais sai de perto de mim. Essa camisa é da Libertadores de 2016, para você ver o quanto ela já sofreu comigo", completou o músico.

Rodriguinho ainda contou que sofreu "hate" na internet por jogar a camisa do São Paulo, mas que muitos são-paulinos se identificaram com o ato no último Choque-Rei. O músico ainda revelou que não foi a primeira vez que "se livrou" de uma camisa após um jogo do time de Rogério Ceni.

"Tem bastante gente me xingando, mas a grande maioria está me apoiando, dizendo que se sentiu representado. Em nenhum momento eu quis desrespeitar o clube, pelo contrário, o clube que vem desrespeitando o torcedor. Aquilo foi um ato espontâneo. Eu tenho uma reação sempre parecida, procuro algo para extravasar. Já perdi várias camisas, não do São Paulo. Já fiz isso no meu quarto. Foi um ato de amor movido pelo ódio", falou.