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Protocolo no MP e notas de repúdio: torcida do Vasco se volta contra Maraca

Torcedores do Vasco se manifestaram contra postura do consórcio do Maracanã em relação ao clube - Daniel Ramalho / Vasco
Torcedores do Vasco se manifestaram contra postura do consórcio do Maracanã em relação ao clube Imagem: Daniel Ramalho / Vasco

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

23/06/2022 17h00

Uma quantidade significativa de torcedores do Vasco não tem recebido bem os posicionamentos do consórcio que administra o Maracanã em relação ao Cruzmaltino. Após uma série de situações que geraram questionamentos no jogo contra o Cruzeiro, no último dia 12, os administradores resolveram vetar a transferência da partida diante do Sport, no próximo dia 3, para o estádio, o que motivou alguns vascaínos a tomarem atitudes de protesto.

O advogado Paulo Cézar da Silva, por exemplo, protocolou uma reclamação no Ministério Público (MP-RJ) contra o consórcio e o Governo Estadual contestando as alegações apresentadas tanto no duelo com os mineiros quanto agora, no veto ao jogo contra os pernambucanos. O profissional vascaíno baseou-se no artigo 19 da Constituição Federal, em seu inciso III, que diz que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios "criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si".

Entre as justificativas para o veto do jogo entre Vasco e Sport no Maracanã, o consórcio — que é administrado temporariamente pela dupla Fla-Flu — alega que o gramado poderá ser afetado, uma vez que no dia anterior o Fluminense receberá o Corinthians no local pela Série A do Brasileiro. Outros argumentos foram o cronograma de jogos no estádio para julho e o prazo de solicitação para o aluguel. Todos os três itens foram rebatidos pelo Cruzmaltino em nota oficial (confira a íntegra aqui). O clube também informou ter feito um pedido de reconsideração da decisão.

Já no duelo contra o Cruzeiro, embora o jogo tenha sido realizado no estádio, o Vasco precisou pagar R$ 250 mil de aluguel, e não mais os R$ 90 mil que pagava anteriormente. Além disso, teve uma cobrança de R$ 130 mil das despesas e foi impedido de lucrar com as vendas nos bares do estádio. Outro ponto que gerou revolta foi a proibição da exibição das faixas "Desde 1898 o legítimo clube do povo" e "Respeito, igualdade e inclusão".

Além do movimento jurídico do advogado vascaíno e a ação política feita pelo Vasco, algumas das organizadas cruzmaltinas também se manifestaram em notas de repúdio contra o consórcio e o Governo Estadual. Algumas delas marcaram o perfil do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Confira abaixo:

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