Abel vê falta de eficiência, mas diz que Palmeiras mereceu vitória
Após o empate por 2 a 2 com o Avaí na Ressacada, o técnico Abel Ferreira avaliou que, para sair de lá com a vitória, o que faltou ao Palmeiras foi eficiência. Isso porque, para o português, sua equipe foi superior, criou mais e mereceu os três pontos.
"[Quero] dar parabéns aos meus jogadores e dizer que fizemos tudo para ganhar o jogo. Demos a volta [no placar], tivemos mais três oportunidades claras de jogo. E só não levamos a vitória pela grande defesa que o goleiro fez. Depois tivemos oportunidade com Veron e Gomez. Nossa equipe lutou, tentou, criou. Nosso adversário fez dois remates ao gol [no segundo tempo], um deles foi, e futebol é assim", avaliou o treinador.
Abel ponderou que faltou aos palmeirenses mais eficácia para definir as jogadas, já que, sobretudo na etapa final, sobraram oportunidades criadas.
"Gostaríamos de ter ganhado mais essa, fizemos de tudo para sair com outro resultado. Futebol tem a ver com eficiência. Hoje pecamos por isso, porque não fomos eficientes. Mantivemos o controle emocional e mental. Não vamos ganhar sempre, mas vamos lutar sempre para ganhar", afirmou.
O português também fez questão de apontar que observa os adversários ainda mais motivados quando enfrentam o Palmeiras — "jogam como se fosse o último jogo da vida deles", comentou —, e aproveitou para criticar a arbitragem.
"Nós temos que ter a consciência de que os adversários contra nós dão a vida. O Arthur Chaves festejava a cada corte que fazia, só devia ser expulso. O árbitro não viu aos 36 minutos a cotovelada que o Rony levou dele. Isso que sinto e noto. A atmosfera e os ânimos que têm de nos ganhar. Cada jogo é uma final, e hoje merecíamos sair com os três pontos. Nem sempre ganha a melhor equipe, e hoje levamos daqui um ponto", prosseguiu.
O próximo compromisso do Palmeiras será na quarta-feira (29), às 19h15 (horário de Brasília), quando visita o Cerro Porteño-PAR, pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores.
Confira mais respostas de Abel Ferreira na coletiva de imprensa:
Ideia era usar os titulares no segundo tempo?
"Como sempre digo, não tenho titulares. Tenho um elenco qualificado. E foi o que fizemos. A equipe jogou bem, saímos a perder com um gol que foi um golpe duro no estado emocional da equipe, mas entramos outra vez focados, fizemos um gol de pênalti e tivemos mais oportunidades para ganhar o jogo."
Retorno de Raphael Veiga
"Nós queremos ter quanto mais jogadores, melhor. Há outras prioridades [para quem organiza o futebol brasileiro] que não o descanso total das equipes. Deveríamos ter pelo menos 72 horas, e não é isso que acontece. E o Veiga, em função da minha decisão, achamos por bem não levá-lo ao último jogo. E hoje estava programado voltar à competição. Entrou bem no jogo, e é mais uma opção."
Saldo do jogo
"Mais uma vez, muito contente com o rendimento da equipe. A segunda parte de hoje foi toda nossa. Criamos o suficiente para sair com outro resultado. A nós, o que nos deixa confiante é que jogue quem jogar a identidade está lá, criamos oportunidades, tempos só um pensamento: jogar para ganhar. Não vamos ganhar sempre. Infelizmente hoje não deu, somamos um ponto e seguimos na nossa luta. Não houve lesões, é o que mais me preocupava para um jogo como esse."
Como fica o trabalho sem tempo para treinar?
"Sou religioso e rezo. A quantidade de jogos que há, vocês viram os jogadores que se lesionaram nos jogos do Flamengo, Atlético Mineiro e Corinthians. Não sou mágico, e peço que eu tenha saúde, não peço que nos ajude no jogo, mas que nos dê saúde. Temos uma série de jogos decisivos com dois dias de intervalo, e isso só acontece em um lugar no mundo."
Atuação palmeirense e atmosfera contra o Avaí
"É fruto do trabalho dos jogadores do Palmeiras, os torcedores se identificam com o que veem em campo. Essa equipe não desiste, joga para ganhar, cria oportunidades. Gostaríamos de ter ganhado mais essa, fizemos de tudo para sair com outro resultado. Futebol tem a ver com eficiência. Hoje pecamos por isso, porque não fomos eficientes. Mantivemos o controle emocional e mental. Não vamos ganhar sempre, mas vamos lutar sempre para ganhar. Só não conseguimos [hoje] porque do outro lado tem outro time. Os adversários jogam como se fosse o último jogo da vida deles. Dar os parabéns às duas equipes."
Frieza e intensidade. Como manter a parte mental?
"Minha responsabilidade no sucesso do Palmeiras é 30%. O resto dos 70% é deles. Tem a ver com o acreditar deles, com a fé deles. Se o goleiro adversário vai fazer um frango ou uma grande defesa, isso não controlamos. Mas, daquilo que controlamos, o máximo esforço é obrigação nossa. O que peço é a máxima confiança, o máximo esforço, o máximo rendimento. É um orgulho muito grande pertencer a esse grupo."
O que observa sobre o ânimo dos adversários?
"Veja como eles festejam um corte, isso mostra a motivação que essa camisa (do Palmeiras) dá a quem joga contra nós. É isso que vamos apanhar. Os adversários vão dar o que têm e o que não têm. O que sinto é que contra nós deixam tudo. E nós temos que igualar."
Escalação de Navarro no lugar de Rony
"São jogadores com características diferentes. Navarro é um jogador de apoio, Rony é jogador de mais profundidade. Começamos com o Navarro por diversas razões, temos que fazer gestão de energia para jogar na máxima força. Tem a ver com isso: um jogador de apoio, outro de mais profundidade."
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