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Ambiente tóxico e caso de suicídio abalam bastidores do Chelsea, diz jornal

Stamford Bridge, a casa do Chelsea - Divulgação/Chelsea
Stamford Bridge, a casa do Chelsea Imagem: Divulgação/Chelsea

Do UOL, em São Paulo (SP)

30/06/2022 12h52

Os últimos meses têm sido agitados no Chelsea. Após o governo britânico promover sanções contra Roman Abramovich e o russo se ver obrigado a vender o clube, Todd Boehly, novo proprietário da equipe, vem tendo que lidar com os problemas deixados. De acordo com uma matéria publicada pelo jornalista Tariq Panja no The New York Times, atuais e ex-funcionários do time denunciam um ambiente tóxico de trabalho e citam um caso de suicídio.

Segundo o que foi publicado, dezenas de funcionários do clube foram afastados por licença médica no último ano, enquanto 10 pessoas de um departamento que tinha 50 trabalhadores optaram por se desligar dos cargos.

Em setembro de 2021, Richard Bignell, que comandava a Chelsea TV e tinha um relação conturbada com Gary Twelvetree, chefe do setor de marketing, deixou o cargo. Em janeiro deste ano, Richard se suicidou e, segundo a polícia, a causa teria sido o desespero por ter ficado sem emprego. O ato do ex-funcionário desencadeou uma grande pressão nos bastidores do clube.

Para tentar solucionar essas reclamações, a equipe contratou uma consultoria externa para revisar a cultura de trabalho dentro do ambiente de marketing, que conta com cerca de 50 pessoas. Entretanto, a medida não foi vista com confiança pelos funcionários, já que ela seria acompanhada de perto por Gary Twelvetree.

Nas declarações ao The New York Times, pessoas que trabalharam com Twelvetree destacam o ambiente intimidador criado. Segundo elas, o responsável pelo departamento deixou muitos funcionários se sentindo menosprezados e até mesmo com medo de participarem de reuniões.

Em um dos relatos, um ex-funcionário do Chelsea disse que ele e outras pessoas chegaram a levar as denúncias contra Twelvetree diretamente a executivos de alto cargo no clube. Mesmo assim, segundo ele, nada foi feito.

Apesar das denúncias e da consultoria externa realizada, Gary Twelvetree ainda está ligado ao clube e a rotatividade de funcionários no departamento comandado por ele segue alta. De acordo com relatos ao jornal, pessoas que já trabalharam no clube dizem que estão acostumadas a prestarem apoio emocional aos que se demitem.

Após o contato feito pelo The New York Times, a nova diretoria do clube disse que acredita fortemente em um ambiente de trabalho e cultura corporativa que capacita seus funcionários e garante que eles se sintam seguros, incluídos, valorizados e confiáveis. Sobre o caso de Twelvetree, o clube disse que não iria fazer comentários.

Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade.

O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil