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Abel explica principal falha do Palmeiras contra o Athletico: 'Eficiência'

Do UOL, em São Paulo

03/07/2022 00h01

O técnico Abel Ferreira não ficou feliz com o desempenho do Palmeiras na noite deste sábado (2) contra o Athletico-PR, no Allianz Parque. Em entrevista coletiva após a derrota que impediu o Verdão de disparar na liderança do Campeonato Brasileiro, o português reconheceu os méritos da equipe comandada por Luiz Felipe Scolari, porém viu falta de eficiência de sua equipe.

De acordo com o aplicativo Sofascore, o Verdão finalizou 35 vezes ao longo dos pouco mais de 90 minutos de jogo, enquanto o Furacão conseguiu 13 chutes. Apesar da diferença entre os números e dos mais de 71% de posse de bola, o Alviverde saiu de campo derrotado.

"Não fomos eficientes hoje, temos que aceitar. Não olho muito para a tabela, é uma maratona até o fim. Estamos com uma série de jogos dura, vamos dar o nosso esforço, já falei que temos a regra das 24 horas. Não celebramos muito as vitórias e não nos abatemos muito com as derrotas. É uma equipe que sabe o que quer, sabe pelo o que luta. É isso que vamos fazer, seguir o nosso caminho. Vamos tirar o máximo dos nossos jogadores. O jogo, pra mim, é muito simples: ganha quem for mais eficiente. Hoje, nós não tivemos. O futebol movimenta paixões, o nosso adversário tinha 30% de chance de ganhar aqui, se agarrou nisso e foi feliz e competente. Eles conseguiram dois gols, nós não e temos que reconhecer. Agora é seguir em frente", afirmou o palmeirense.

Antes de a bola rolar no Allianz Parque, o comandante do Verdão fez questão de ir até a área técnica do Athletico-PR e cumprimentar Luiz Felipe Scolari, seu treinador na seleção portuguesa na época de atleta. O português fez questão de elogiar o adversário e relembrou o período em que trabalharam juntos no Velho Continente. O Palmeiras, inclusive, homenageou Felipão com uma camisa comemorativa em alusão à conquista da Copa Libertadores de 1999.

"Se o mundo tivesse pessoas como ele, seguramente o Brasil estaria muito melhor. O abraço que dei foi de gratidão primeiro como jogador, fui jogador dele. Segundo como treinador. Eu o acho um treinador extremamente competente, foi o último campeão do mundo pelo Brasil, jogando desta maneira e bem. Ele tem 73 anos, eu tenho 43, tenho muito o que aprender com ele. Muita gratidão como jogador, como treinador e também como português que sou. Ele foi uma pessoa que mudou a mentalidade em Portugal e nunca vou esquecer do negócio da bandeira quando ele fez todos os portugueses colocarem uma bandeira em suas casas para torcer pela seleção. Tenho uma gratidão enorme. Está fazendo um trabalho excelente no Athletico-PR", discursou Abel.

Com a derrota desta noite, o Palmeiras estacionou nos 29 pontos na tabela do Brasileirão, porém segue na liderança isolada da competição após a disputa de 15 rodadas. O próximo compromisso do Verdão é na quarta-feira (6), às 19h15 (de Brasília), diante do Cerro Porteño, do Paraguai, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. No jogo de ida, em Assunção, o Alviverde venceu por 3 a 0 e deixou a vaga muito bem encaminhada.

Leia outros trechos da entrevista de Abel Ferreira:

Sistema ofensivo

"Temos que ser mais eficientes e temos que assumir isso. Criamos oportunidades suficientes, mesmo sofrendo dois gols, para vencermos esse adversário. Criamos, inclusive, isolados. Não vamos falar de Dudu ou de tática. Vamos ser claros e objetivos: finalizamos 35 vezes".

Responsabilidade pelo resultado

"A responsabilidade é toda minha. Fico orgulhoso dos meus jogadores, muito orgulhoso da nossa torcida. Não há maior juiz do nosso desempenho do que o nosso torcedor. Eles, ao final do jogo, tal como eu fiz ali na roda, reconheceram que criamos e jogamos o suficiente para buscar o resultado. Temos que ser mais efetivos nas oportunidades criadas. Não podemos falhar, fica aqui o sentimento de tristeza porque, na minha opinião, fizemos um jogo para conseguirmos outro resultado. O futebol é isso. Não fomos competentes na finalização, criamos suficiente, poderíamos ter evitado os gols. Não me lembro de ter criado tanto, é sinal de que fomos competentes. Não tivemos calma e tranquilidade necessárias para fazermos o que fizemos em outros jogos".

Sobre os gols sofridos

"Não preciso responsabilizar ninguém. Meus jogadores sabem, o futebol é feito de erros. Se fôssemos nós tão exigentes na sociedade como somos com os jogadores de futebol certamente estaríamos melhor. Tenho certeza de que eles sabem, temos e devemos melhorar nesse aspecto defensivo, mas o jogo é feito de erros. Nunca esta equipe desistiu, esta equipe criou mais do que o normal".

Análise da partida

"Foi o Palmeiras contra o Athletico-PR, um jogo normal dentro daquilo que esperávamos. Uma equipe eficiente e feliz com um goleiro que foi extremamente competente. Parabéns ao Athletico-PR pelo jogo que fez, soube sofrer, foram felizes no pênalti e, portanto, parabéns a eles. Não adianta chutar dez vezes e não fazer o gol, o adversário foi mais eficiente do que nós".

A torcida estava mais impaciente do que o normal?

"Achei normal. Nossa torcida é como nós, são ambiciosos e querem ganhar. Desde o início, o nosso adversário foi muito faltoso e muito agressivo. Nosso povo nos ajudou. Em momento algum senti algo negativo. No final, a torcida reconheceu nosso esforço e dedicação. Da minha parte, o que posso dizer é que não fomos competentes na finalização. É o único aspecto negativo do jogo: a eficiência. Na minha opinião, o nosso adversário não foi melhor. Só fomos pior em um aspecto, que é justamente o mais importante: fazer gols. Não conseguimos fazer".

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