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Santos: pressionado, Bustos já supera tempo de antecessores na gestão Rueda

Fabián Bustos posa para foto com Andres Rueda, presidente do Santos - Divulgação/Santos
Fabián Bustos posa para foto com Andres Rueda, presidente do Santos Imagem: Divulgação/Santos

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/07/2022 04h00

Andres Rueda assumiu a presidência do Santos em janeiro de 2021 com a promessa de um plano novo de gestão. No entanto, após 18 meses no comando uma velha prática do futebol se repete no Peixe: a equipe já teve cinco treinadores diferentes. Todos com perfis bem distintos e que saíram com menos jogos que Fabián Bustos, o atual comandante.

Priorizando a saúde financeira e investindo pouco em reforços, o Santos não vive um bom momento em campo desde que Rueda assumiu. Com um futebol abaixo do padrão histórico do clube, o dirigente já realizou quatro trocas no comando e viu a pressão para demitir Bustos aumentar na noite de ontem (2) após a derrota na Vila por 2 a 1 diante do time misto do Flamengo.

Cuca estava no cargo quando Rueda assumiu, mas, por motivos pessoais, quis deixar o clube ainda ao final da estendida e desgastante temporada 2020, em fevereiro de 2021. Então, o argentino Ariel Holan, que adota um estilo onde os jogadores ficam mais presos em suas posições, foi contratado com a ideia de promover jovens da base para integrar o elenco principal.

Apesar da classificação na pré-Libertadores, o comandante não resistiu aos protestos da torcida e deixou o cargo somente após 12 jogos, ficando dois meses na Baixada. O interino Marcelo Fernandes assumiu o time e ajudou a salvar do rebaixamento no Paulista, enquanto Fernando Diniz, já anunciado, não assumia a função.

O estilo de troca rápida de passes de Diniz teve um bom começo, porém a queda de rendimento foi rápida e o treinador sequer chegou ao segundo turno do Brasileiro. Ele havia assumido em maio e saiu após a derrota por 2 a 1 para o Cuiabá no dia 4 de setembro.

Uma guinada de rumo por completo foi dada com a contratação de Carille, que adota uma formação que prioriza a solidez defensiva. Apesar de 'virar' uma temporada no Peixe pela primeira vez nos últimos cinco anos (o último havia sido Dorival Junior que ficou no cargo entre 2015 e 17), ele não resistiu ao início ruim no Paulista, saindo ainda na metade do Estadual, em fevereiro.

Ou seja, os últimos quatro treinadores tiveram, em média, três meses e meio de tempo para trabalhar, na gestão de Rueda. Bustos, que entrou no final de fevereiro, já completou quatro meses como treinador.

Bustos também completou a 29º partida diante do Flamengo, superando Carille, que saiu com 27 jogos. Diniz foi demitido com 31.

Mesmo com a situação ruim, o Alvinegro decide sua vida na Copa Sul-Americana nesta quarta (6), às 21h30, precisando apenas de uma vitória simples sobre o Táchira em casa para chegar às quartas de final. Caso empate, o time decidirá sua vaga nas penalidades.

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