Vasco diz que Maracanã é 'bem público' e pede entendimento entre clubes
O Vasco publicou, na manhã de hoje (3), um posicionamento sobre o Maracanã, no qual indica que pretende utilizar o estádio "apenas para seus principais jogos, com alta demanda de público", estimando de 12 a 15 partidas, e coloca São Januário à disposição do Fluminense "como alternativa para compor o calendário", e lembra que no Rio "ainda temos o Nilton Santos".
A nota oficial foi publicada em meio às rusgas com o consórcio que hoje administra o Maracanã, que está sob gestão de Flamengo e Fluminense. O time cruz-maltino vai mandar o jogo com o Sport, logo mais, no estádio, após uma briga judicial.
Na última sexta-feira, o Rubro-Negro e o Tricolor firmaram parceria para, juntos, para participarem da licitação do Maracanã. Em oportunidades anteriores, o clube da Colina demonstrou publicamente a intenção de participar da gestão.
"O Vasco acredita que os clubes são perfeitamente capazes de gerir o Maracanã, desde que haja uma licitação com oportunidades iguais de participação, racionalidade, regras claras, e, idealmente, com os clubes em entendimento", diz trecho do documento publicado pelo Vasco.
Veja a nota na íntegra:
"1 - Sobre nova licitação/ entendimento com outros clubes:
O Maracanã é um equipamento público e a melhor solução seria um entendimento entre os clubes que manifestaram interesse, para que todos possam utilizar o estádio de acordo com suas características e necessidades, em bases pré-acordadas. O Vasco pretende utilizar o Maracanã apenas para seus principais jogos, com alta demanda de público. Estimamos algo como 12 a 15 partidas por ano. Para os demais jogos temos nossa casa, São Januário. Partindo dos 70 jogos/ano preconizados pelo governo do estado, e utilizando critérios objetivos como média público, o Flamengo poderia fazer os seus 35 jogos anuais no Maracanã e o Fluminense algo como 20 ou 23 jogos. Oferecemos São Januário ao Fluminense como alternativa para compor o calendário, e na nossa cidade ainda temos o Nilton Santos. O que não faz nenhum sentido é realizar jogos com 10 mil ou 15 mil espectadores no Maracanã e deixar de fora partidas com potencial de 70 mil torcedores, como essa que o Vasco joga nesse domingo contra o Sport.
2 - Sobre grama sintética:
Temos a tradição de jogar com grama natural e entendemos que seria preferível, e possível, manter o Maracanã assim. O que não se pode admitir é que sejam impostas restrições ao justo direito dos clubes do Rio de jogar no Maracanã. A grama sintética é uma realidade no Brasil e no mundo, a tecnologia vem avançando rapidamente. Entendemos que em uma situação limite, essa sim pode ser uma solução.
3 - Sobre possível retorno da gestão do Maracanã ao Governo do Estado?
O Vasco acredita que os clubes são perfeitamente capazes de gerir o Maracanã, desde que haja uma licitação com oportunidades iguais de participação, racionalidade, regras claras, e, idealmente, com os clubes em entendimento. O Maracanã foi construído com impostos pagos por cariocas e fluminenses e deve cumprir sua função social de estar aberto para receber os torcedores de todos os clubes do Rio, em igualdade de condições. O Maracanã é um importante gerador de empregos e de renda para empreendedores locais e para o estado, por isso seu uso deve ser otimizado. No último jogo do Vasco contra o Cruzeiro no Maracanã recebemos torcedores de 22 unidades da federação. O que ninguém pode admitir é a tentativa de se apropriarem de um bem público cerceando o direito de outros, como, aliás, ratificou o Tribunal de Justiça do Rio em decisões recentes"
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