Das ameaças à história, Cássio tem mais uma noite de herói no Corinthians
"Matar eu não sei, mas nós vamos achar e esculachar", dizia uma das inaceitáveis ameaças recebidas pela família de Cássio há apenas três meses. Ídolo do Corinthians, ele precisou fazer um boletim de ocorrência para que uma investigação descobrisse o autor das mensagens e diminuísse, ao menos em parte, a sensação de insegurança dele, da mulher e dos filhos. Ontem (5), o goleiro viveu mais uma noite de herói e se tornou o quarto jogador que mais vezes defendeu o Alvinegro.
Cássio defendeu duas cobranças na disputa de pênaltis que levaram o Corinthians às quartas de final da Copa Libertadores. Ele não teve a melhor atuação no 0 a 0 dos 90 minutos, mas depois parou Villa e Ramírez para ser o principal nome da vitória por 6 a 5 nas penalidades diante do Boca Juniors. Como sempre, porém, na coletiva fez questão de dividir os louros com os companheiros.
"Lutamos com o que a gente tinha aqui. Todo mundo se dedicou, vestiu a camisa, e a recompensa veio com a classificação", falou. É o que sempre fez. Em dez anos de Corinthians, nunca aceitou ser tratado como o ídolo que lidera companheiros menos identificados ao clube a feitos épicos como o de ontem.
Nesta mesma temporada, duas semanas antes de ser ameaçado de morte, Cássio já tinha sido herói em cobrança de pênaltis. Ainda no Paulistão, nas quartas contra o Guarani, defendeu o pênalti que garantiu a classificação. Também pegou pênalti contra o Deportivo Cali (COL), na fase de grupos desta mesma Libertadores, e ontem chegou a 24 pênaltis defendidos no Corinthians.
O episódio assustador ficou no passado, e o ídolo seguiu em frente no Corinthians,, dez anos após ter sido fundamental nas conquistas da Libertadores e do Mundial de Clubes em 2012.
A noite na Bombonera, aliás, não foi só marcada pelos pênaltis defendidos. Cássio chegou a 599 partidas com a camisa do Corinthians, ultrapassou o número de jogos do ex-lateral Zé Maria e se tornou o quarto jogador que mais vezes defendeu o time. Deve fazer o 600º contra o Flamengo, domingo (10), pelo Brasileirão, e continuar subindo nas próximas semanas para alcançar Ronaldo Giovanelli (602) e Luizinho, o Pequeno Polegar (606). Um gigante.
"Peguei uma época muito vitoriosa do Corinthians, e a cobrança é constante. Nós jogamos no Corinthians; a torcida é muito grande. Sempre mantive a tranquilidade, porque tem pessoas que confiam no meu trabalho. Há momentos em que você não vai estar bem, em outros estará, mas nunca faltou dedicação, empenho e trabalho."
Cássio, goleiro do Corinthians
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