Enfermeiro e voluntário: quem é Igor Benevenuto, juiz que se declarou gay
O árbitro Igor Junio Benevenuto, de 41 anos, declarou ser homossexual em entrevista ao podcast 'Nos Armários dos Vestiários', do 'ge'. Com 23 anos de carreira como juiz de futebol, o mineiro também possui outras atuações fora de campo: ele é enfermeiro e voluntário em hospitais.
Natural de Minas Gerais, Igor interpreta o 'Doutor Gravatinha' para levar alegria a crianças internadas em hospitais de Belo Horizonte. Trocando o apito pelo rosto pintado, com direito a chapéu, nariz vermelho e gravata, o profissional passou a integrar o projeto social 'Guardiões do Riso' em 2012, com objetivo de promover a humanização no ambiente hospitalar.
Em entrevista de 2018 ao UOL Esporte, ele contou que não queria se vincular ao futebol quando criou o personagem e que se aproveitou de uma paixão para pensar no nome. "Sou apaixonado por gravatas, faço coleção e tenho mais de 300. O pessoal do futebol me conhece por isso e daí veio a ideia de 'Doutor Gravatinha'", contou.
Na época, Igor conciliava as visitas às crianças com as partidas de futebol e o trabalho como assessor parlamentar na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Ele disse que costumava ir aos hospitais cerca de cinco vezes por mês. "Mas tem vezes que preciso adiar por causa da escala em algum jogo. Se eu pudesse, queria fazer todos os dias", revelou.
Em 2020, nos primeiros meses da pandemia da covid-19 no Brasil e com o futebol paralisado, Igor Benevenuto decidiu largar o emprego de assessor parlamentar e atuar em sua outra profissão. Formado em enfermagem, ele passou a trabalhar na linha de frente em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade mineira de Sete Lagoas.
Ele estava longe da área da saúde desde 2014, mas optou por ajudar no combate à doença. "Fiz um juramento quando me formei de ajudar a população, acho que é minha obrigação ajudar", disse, na época.
No futebol, Igor é vinculado à Federação Mineira e integra o quadro de árbitros da Fifa. A partida mais recente em que atuou foi na vitória do Cuiabá por 2 a 1 sobre o Avaí, pela 15ª rodada do Brasileirão, no último domingo (3), e ele foi o responsável por comandar o VAR.
Ainda neste ano, o árbitro viveu um pesadelo após apitar o clássico mineiro entre Atlético-MG e Cruzeiro, pelo Estadual. A partida terminou com vitória do Galo por 2 a 1, de virada e com um pênalti marcado no final da partida. Por conta das decisões em campo, ele sofreu ameaças e relatou medo de sair na rua.
"Depois do clássico, o meu celular e Instagram viraram uma tristeza, só agressões e ameaças. Passou um carro na frente da minha casa duas vezes dizendo que iam me matar, que iam matar pessoas da minha família. Eu não fui para casa ainda, estou fora de casa e não sei que dia eu volto. Minha vida virou um estresse por causa desse jogo, dessa penalidade, que foi o único lance questionável da partida", desabafou.
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