STJD arquiva denúncia do Atlético-MG contra Gabigol por fala sobre inferno
A denúncia do Atlético-MG contra o atacante Gabigol, do Flamengo, não irá adiante no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A procuradoria decidiu não levar adiante e arquivou o caso, que tinha como ponto central a declaração do rubro-negro prometendo um "inferno" no Maracanã por ocasião do jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, entre Fla e Galo.
Em parecer enviado aos clubes, ao qual o UOL teve acesso, o procurador Giovani Rodrigues Mariot decidiu pelo arquivamento "em vista da falta de tipicidade necessária para amparar o oferecimento de denúncia".
A declaração de Gabigol foi na entrevista na saída do gramado do Mineirão, após a derrota por 2 a 1 no jogo de ida das oitavas.
"Quando eles forem lá, vão conhecer o que é pressão e o que é inferno", disse o jogador.
O procurador pontuou que a denúncia do Atlético-MG "não está alinhada com o contexto em que a declaração foi dada". Mariot ainda citou a manifestação de Gabigol, dizendo que "a torcida do Flamengo é reconhecida justamente pela pressão que exerce no Maracanã, sendo crucial para que o clube alcance resultados expressivos dentro de campo".
O procurador ainda trouxe para seu documento outro trecho do documento enviado antes pelo Flamengo, dizendo que "é evidente que a declaração de Gabriel Barbosa é sobre o jogo e o ambiente do jogo". O Fla disse nos autos que a interpretação do Galo sobre a frase era "criativa e aventureira". O jurídico rubro-negro citou declarações do presidente Sérgio Coelho, do Galo, sobre arbitragem e VAR, apontando que há "tentativa de acirramento de ânimos", que "não encontrará reciprocidade".
O Atlético-MG levou o caso ao tribunal na tentativa de punir Gabigol e convencer a corte de que ele estava incitando a violência. Na peça enviada ao STJD pelo lado atleticano, tem até uma citação ao narrador Galvão Bueno: "Vai se criando um clima terrível".
O reencontro entre Flamengo e Atlético-MG pela Copa do Brasil será na próxima quarta-feira, às 21h30. A mobilização pelo jogo envolveu até o Ministério Público do Rio, que acionou forças de segurança e CBF, considerando que é um jogo de risco.
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