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Jogadores do Brasileirão param por um minuto no meio do jogo em protesto

Gabigol protesta contra a mudança em pontos da Lei Rei Pelé, colocando a mão em sua boca, antes da partida contra o Corinthians - Ettore Chiereguini/AGIF
Gabigol protesta contra a mudança em pontos da Lei Rei Pelé, colocando a mão em sua boca, antes da partida contra o Corinthians Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Bruno Fernandes

Colaboração para o UOL, em Maceió

10/07/2022 16h08Atualizada em 10/07/2022 18h52

As rodadas da Série A, C e D do Brasileirão foram marcadas por protesto de jogadores instantes após o apito inicial dos jogos de hoje (10). Com a mão na boca, eles chamaram atenção para trechos da Lei Geral do Esporte, que altera a Lei Pelé. O narrador Luís Roberto, que comanda Corinthians x Flamengo na Globo, chegou a confundir a ação com o minuto de silêncio, mas foi avisado pelo repórter Edson Vianna e, então, explicou o assunto ao público.

Na Série A, os protestos aconteceram nos jogos entre Coritiba x Juventude, Corinthians x Flamengo, Atlético-MG x São Paulo, Fortaleza x Palmeiras e Atlético-GO x Santos disputados neste domingo. Os atletas do Ceará já tinham feito o mesmo no jogo de sábado, contra o Fluminense. A manifestação também aconteceu em partidas da Série C e D em jogos deste domingo.

O texto questionado por jogadores liderados pelos capitães das quatro divisões foi aprovado nesta semana pela Câmara dos Deputados com grande maioria (398 votos a favor do projeto e apenas 13 posições contrárias), o texto agora será encaminhado para o Senado Federal.

O protesto com a mão na boca ressalta a ideia de que a classe não foi ouvida na formatação dos artigos que, segundo eles, embora seja excelente em vários aspectos, retiram direitos trabalhistas.

Uma das principais reclamações dos jogadores é referente ao fato de se um atleta assinar contrato com outra equipe antes de receber o que devia, o clube anterior poderá ficar isento de pagar o restante caso o novo salário do indivíduo seja maior do que aquele que foi rescindido.

Além desse ponto, os jogadores questionam a multa rescisória dos contratos dos profissionais com os clubes de futebol, que poderia ser parcelada e até mesmo reduzida. Os atletas querem ainda que Romário seja o relator do texto na tramitação no Senado.