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SPFC: Após quase sair, Gabriel Neves reencontra rival que o fez ressurgir

Gabriel Neves, do São Paulo, marcando o meia palmeirense Gustavo Scarpa - Marcello Zambrana/AGIF
Gabriel Neves, do São Paulo, marcando o meia palmeirense Gustavo Scarpa Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Thiago Braga

Do UOL, em São Paulo

13/07/2022 04h00

A história dos jogadores uruguaios no São Paulo é repleta de capítulos vitoriosos. Pedro Rocha, Pablo Forlán, Darío Pereyra e Diego Lugano são os expoentes da ligação entre o Tricolor e o país vizinho. Além disso, representam períodos recheados de conquistas estaduais, nacionais e continentais.

Foi com o peso deste retrospecto que Gabriel Neves chegou ao Morumbi. Contratado em agosto do ano passado, ele demorou a se adaptar. Em 2021, entrou em campo 12 vezes, mas só foi titular em duas partidas.

Neste ano, porém, Gabriel Neves atuou em 17 jogos e foi titular em 11 deles. Sendo que nas últimas sete vezes em que jogou, ele começou a partida em todas. A reviravolta passa por mais confiança, mas o uruguaio também foi beneficiado pelas lesões de Luan, que precisou operar a coxa esquerda, e Andrés Colorado, além da oscilação de Pablo Maia.

Embora a sequência como titular tenha começado contra o Avaí, fora de casa, a afirmação de Gabriel Neves aconteceu nos dois clássicos contra o Palmeiras, disputados com intervalo de três dias. Depois de ser substituído no segundo tempo no jogo válido pelo Campeonato Brasileiro, o camisa 15 foi um dos destaques do Choque-Rei pela Copa do Brasil. Diante do Palmeiras, rival de amanhã (14), Gabriel Neves atuou por 89 minutos. E foi elogiado pelo desempenho no jogo, vencido pelo Tricolor por 1 a 0.

"Ele [Gabriel] é bom de trabalhar no dia a dia. Para ele, jogar como primeiro volante é mais difícil. Ele, às vezes, é afoito para tentar tomar uma bola e abrir espaços nas costas, mas ele cumpriu nesses dois jogos [incluindo um pelo Brasileiro] contra o Palmeiras o objetivo de marcar um jogador de muito talento como o Scarpa", declarou o treinador Rogério Ceni, em coletiva após o primeiro jogo com o Palmeiras pela Copa do Brasil.

Depois deste jogo, Neves ganhou mais espaço e emendou outras boas atuações, como no mata-mata contra a Universidad Católica, do Chile, que garantiu o São Paulo nas quartas de final da Copa Sul-Americana.

Mais do que um "cão de guarda"

Apesar de ter virado titular em uma posição que não é a sua de origem, Gabriel Neves se mostrou confortável atuando em uma função mais defensiva. Mas não só. Dinâmico, ele desarma e aparece para jogar, circulando pelo meio de campo, seja dando opção ou ajudando a inverter o jogo.

Dados da plataforma Sofascore. especializada em estatísticas, mostram que o uruguaio teve acerto de passes superior a 85% em seis dos últimos sete jogos. Contra o Palmeiras pela Copa do Brasil, o camisa 15 ainda mostrou que a mira está em dia, ao acertar cinco de seis lançamentos, pegando os adversários desprevenidos.

Para o jogo de volta, no Allianz Parque, ele terá de se desdobrar para ajudar o São Paulo a conseguir a classificação às quartas de final da Copa do Brasil. Além de auxiliar na marcação do rápido ataque do Palmeiras, Gabriel Neves também terá de ajudar o Tricolor a sair da pressão que será imposta pelos donos da casa desde o início, tentando repetir o que foi feito na final do Campeonato Paulista, quando o Verdão goleou o rival e ficou com o título.

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