Suárez não quer jogar no Brasil, e calendário não é o único motivo
Luis Suárez vive uma das principais 'novelas' do mercado da bola atualmente. Depois de decidir deixar o Atlético de Madri e quase fechar com o River Plate, o uruguaio de 35 anos tem destino incerto. Mas, em momento algum passou pela cabeça do 'Pistolero' jogar no futebol brasileiro. As razões para isso são o calendário com excesso de jogos, a falta de tempo, a pressão dos grandes clubes do futebol por aqui e a falta de encaixe com as temporadas de outros países.
Suárez está livre desde o fim do vínculo com o time espanhol. Inicialmente, o desejo era voltar para a América do Sul e um acordo com o River Plate se desenhou. No entanto, a queda do time de Marcelo Gallardo na Copa Libertadores, diante do Vélez Sarsfield, brecou o acerto. No último dia sete, ele confirmou que não defenderá a equipe argentina.
Agora, vários destinos surgem como alternativa, mas nenhum deles no futebol brasileiro. Isso não quer dizer que os principais clubes do país se omitiram em procurar o goleador uruguaio. Pelo contrário, várias equipes buscaram contato atrás de informações para tentar um convite que o fizesse jogar aqui no país — chegou a ser cogitado no Corinthians e no Botafogo. No entanto, segundo apurou o UOL Esporte, a resposta sempre foi a mesma: não. Ele sequer esteve disposto a abrir negociação.
Suárez se negou a cogitar o futebol brasileiro por uma soma de fatores. O primeiro deles é o calendário. De olho em passar mais tempo com a família, o centroavante de 35 anos entende que a sequência de partidas e viagens da temporada brasileira impediria uma conclusão de carreira ideal.
Além disso, de acordo com a apuração da reportagem, o jogador teme que a falta de uma preparação adequada também atrapalhe seu rendimento. Com muitos jogos, viagens e sem uma pré-temporada após um período de férias, ele não teria o período necessário de recuperação, e a qualidade de seu jogo poderia cair.
Aliado a isso a negativa também se sustenta na pressão. O acúmulo de jogos e a falta de tempo poderiam impactar no rendimento, e uma vez jogando abaixo do que se espera, Suárez seria muito cobrado no Brasil. O cenário de grandes clubes e disputas acirradas colocaria o jogador contra a parede num ambiente de muita exigência e pouco preparo. Isso também foi levado em conta para sequer abrir a possibilidade de atuar por aqui.
O atacante seria cobrado em exigência elevada e poderia ver sua imagem afetada por qualquer oscilação.
Ainda pesou na avaliação o desencaixe com outras temporadas. O futebol brasileiro não segue a mesma programação das principais ligas da Europa. Por aqui, os campeonatos ocorrerem normalmente do fim de janeiro ao início de dezembro. Na Europa, e em outras grandes Ligas espalhadas pelo mundo, os torneios começam em julho/agosto e vão até o ano seguinte.
Com plano de atuar no continente por uma temporada, Suárez chegaria com campeonatos em andamento no Brasil e se despediria com a temporada europeia também na metade. Ou seja, estaria desencaixado dos períodos de adaptação nos dois próximos clubes que defendesse.
A porta sequer foi aberta, até o momento, para debater questões financeiras ou contratuais com equipes do Brasil exatamente pela recusa embasada e tais fatores. O destino do jogador segue incerto e as últimas especulações o colocam na rota do Aston Villa, da Inglaterra, e do Milan, da Itália. Além de mercados menos competitivos, como a MLS ou o futebol holandês.
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