Botafogo: Copa do Brasil 'iniciou namoro' e foi primeiro baque na era SAF
Em um modo hiperbólico, pode-se dizer que a Copa do Brasil representou o início da lua de mel do Botafogo na gestão John Textor com a torcida e também se tornou o primeiro impacto negativo na era SAF até aqui. A eliminação na competição, com derrota nos dois jogos para o América-MG, gerou críticas da arquibancada, mas, em meio ao momento conturbado, o técnico Luís Castro busca reforçar o laço com a arquibancada e passar confiança ao elenco.
Apesar de não esconder a frustração com o adeus ao torneio, o treinador português utilizou a transparência na entrevista coletiva, lembrou as dificuldades pelas quais a delegação atravessa e fez elogios aos alvinegros presentes ao Nilton Santos, salientando a importância do apoio.
"Neste momento precisamos muito do apoio, aliás do apoio que a torcida deu durante quase todo o jogo. É muito interessante o que dizem. Algum de vocês [jornalistas] perguntou sobre o apoio da torcida durante o jogo? Não, mas houve o apoio, e muito forte. Mas isso passou despercebido, o que chamou a atenção foi a vaia. Não estou dizendo que não houve vaia, mas que também houve apoio muito forte ao longo do jogo e acho que isso é de enaltecer, pois vínhamos de uma derrota de 3 a 0. Estávamos com muita dificuldade ao longo do jogo e, mesmo no segundo tempo, a torcida apoiou muito. No fim fomos vaiados, e muito bem vaiados porque não conseguimos o objetivo que queríamos e que a torcida também queria", afirmou.
A Copa do Brasil se tornou o episódio, talvez, mais doloroso do Botafogo desde que John Textor assumiu o comando do departamento de futebol, no início de março.
Foi na terceira fase desta mesma competição que, em um Mané Garrincha cheio, o Alvinegro venceu o Ceilândia no terceiro jogo após a chegada do técnico, indicou uma "resposta rápida" depois da derrota para o Corinthians e deu o segundo passo em uma sequência de oito jogos sem derrota, que empolgou a torcida.
Alguns compromissos à frente, porém, houve oscilações e essa relação entre elenco e torcida sofreu abalos. O sorteio, então, colocou no caminho do Glorioso o América-MG, equipe que, inicialmente, não se candidata ao título devido ao poder de investimento frente a outros clubes.
Os resultados negativos nas duas partidas tiveram ecos negativos e fizeram o Botafogo, agora, apostar todas as fichas por uma boa campanha no Brasileiro. Luís Castro, por sua vez, busca soluções em meio aos diversos desfalques que se acumulam a cada partida.
"Vocês acham que podemos ter uma estabilidade com o número de lesões e afastamento de jogadores ao longo das semanas de trabalho? É impossível. Nós e qualquer time que aconteça vai ser assim. O que mais me incomoda no futebol são as injustiças. Sou um treinador que não fico eufórico quando sou elogiado nem lá no fundo quando sou criticado. Eu procuro manter o mesmo nível, mas há injustiças que me incomodam muito. Os meus jogadores têm trabalhado muito e são muito dignos, mas são mesmo e se entregam muito ao trabalho", salientou.
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