Pressão: Turco volta ao Rio, palco das piores derrotas pelo Atlético-MG

'El Turco' Mohamed soma apenas cinco derrotas em 43 jogos pelo Atlético-MG, desde que assumiu o time no início deste ano. Apesar dos números favoráveis, soa quase como absurdo o pensamento de troca de comando. O desempenho aquém do time - até mesmo quando saiu vitorioso - justifica o alto índice de rejeição da torcida quanto ao trabalho do treinador. Amanhã (17), diante do Botafogo, às 18h (de Brasília), pela 17ª rodada do Brasileirão, o argentino terá um forte desafio: vencer uma partida no Rio de Janeiro, onde acumula as piores derrotas à frente do Galo.

O primeiro grande movimento de "Fora, Turco" começou em 8 de junho, justamente após um revés na Cidade Maravilhosa — o quarto do time no ano. Na ocasião, o Atlético foi completamente envolvido pelo Fluminense de Fernando Diniz, que saiu vitorioso por 5 a 3, no Maracanã, pelo Brasileirão. Após a derrota, a desconfiança que já pairava sobre o trabalho do treinador se agravou. A fragilidade demonstrada pelo Galo em campo gerou um forte movimento pela saída, mas que foi revertido pelo argentino após emendar nove jogos invicto entre Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.

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Em pouco mais de um mês, o Atlético se classificou às quartas de final do torneio continental diante do Emelec-EQU, bateu o Flamengo no jogo de ida das oitavas e ficou a dois pontos do Palmeiras, líder do Brasileiro. Parecia que as coisas estavam de volta aos eixos, a desconfiança seguia, mas a forte pressão havia diminuído. Porém, mais uma vez no Rio de Janeiro, o argentino voltou a ser duramente questionado e os pedidos pela saída se tornaram ainda mais fortes.

A derrota por 2 a 0 para o Flamengo gerou a eliminação na Copa do Brasil. Ser eliminado por um outro grande rival não seria um problema se a classificação tivesse sido vendida de maneira cara. No entanto, a maior revolta por parte dos torcedores foi pela postura defensiva do Alvinegro, que saiu do Maracanã sem nenhuma finalização certa no gol. Além disso, jogadores como Arana, Zaracho e Ademir tiveram funções diferentes das habituais, onde suas principais características ficaram apagadas. Pedidos do treinador, mas que resultaram e catástrofe.

Cenário

Em mais uma partida no Rio de Janeiro, Turco poderá renascer ou encerrar sua história à frente do Galo. Nos bastidores, dirigentes se dividem entre a sequência e o fim do trabalho do técnico, que tem contrato até dezembro deste ano. O Botafogo, adversário desta rodada, também foi eliminado da Copa do Brasil, pelo América-MG, com placar agregado de 5 a 0. No Brasileiro, o time está no meio da tabela e vem de derrota para o Cuiabá, fora de casa. Perder pontos não é uma opção para Turco.