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Corinthians: Como Balbuena pode se encaixar na bola aérea e no estilo de VP

Zagueiro Fabián Balbuena assina contrato com o Corinthians ao lado do presidente Duílio Monteiro Alves - Agência Corinthians
Zagueiro Fabián Balbuena assina contrato com o Corinthians ao lado do presidente Duílio Monteiro Alves Imagem: Agência Corinthians

Arthur Sandes

Do UOL, em São Paulo

19/07/2022 04h00

De volta ao Corinthians após quatro anos, Fabián Balbuena oferece ao técnico Vítor Pereira características de um zagueiro seguro na proteção da área e forte na bola parada, mas um pouco diferente de João Victor, seu antecessor no elenco. O paraguaio de 30 anos já pode treinar com os companheiros nesta semana, mas ainda não tem data para estrear.

O torcedor do Corinthians lembra bem do perfil de Balbuena. É um zagueiro forte nas divididas, líder dentro de campo e muito útil no jogo aéreo: tem 23 gols marcados na carreira, sendo 11 deles na primeira passagem pelo Alvinegro. Esta é uma característica que João Victor não oferecia, afinal, teve os seus direitos econômicos vendidos ao Benfica sem nenhum gol como profissional.

Na comparação básica, por um lado Balbuena pode dar mais experiência e segurança ao Corinthians do que João Victor, mas por outro precisa estar mais protegido por não ser tão ágil quanto o antecessor. Na prática, quer dizer que a linha de defensores do Corinthians agora pode ter mais facilidade para defender quando estiver recuada, mas não tanto quando estiver adiantada para pressionar o campo de ataque -ainda mais nos jogos em que Gil for a dupla do paraguaio.

Pelas características, Balbuena seria um reforço e tanto para a linha de cinco defensores que Vítor Pereira usou recentemente, podendo jogar tanto pelo lado direito quanto centralizado neste esquema.

O zagueiro só pode fazer sua reestreia pelo Corinthians depois de ser registrado junto à CBF, o que deve acontecer entre hoje (19) e amanhã (20). Ele não deve estar à disposição para o jogo contra o Coritiba, nesta quarta, pelo Brasileirão, na Neo Química Arena.

Balbuena vai muito bem em todos os fundamentos da proteção da área: jogada aérea, corte de cruzamento rasteiro, posicionamento, firmeza nos duelos, cobertura na última linha. É um cara que dificilmente erra em lances assim. Se pensarmos em uma dupla com o Gil, por exemplo, é uma dupla perfeita neste aspecto. Ele só tem um pouco mais de dificuldade quando precisa jogar em uma linha mais adiantada, porque não tem tanta recuperação ou velocidade. Não pode ficar muito exposto o tempo inteiro.
Rodrigo Coutinho, colunista do UOL Esporte.

Quem serão os titulares?

A definição da dupla titular é um mistério a ser desvendado quando Balbuena estiver pronto para estrear. Nome e experiência sugerem que o paraguaio chegaria para ser titular ao lado de Gil, mas três motivos mantêm esta intuição em suspenso: posicionamento, saída de bola e velocidade na recomposição.

Balbuena fez o lado direito da zaga durante toda a carreira, na mesma posição que é a favorita de Gil. Ambos são destros, portanto para jogarem juntos um deles teria que ser usado atuando com o 'pé trocado'. Não é o ideal, mas para Gil isso não seria novidade -ele já fez a função justamente ao lado de João Victor, que também é destro.

Neste caso, no entanto, a saída de bola e a recomposição passam a ser fatores relevantes. Balbuena e Gil não formariam a melhor dupla possível com a bola no pé, pois não têm o mesmo passe de Raul Gustavo -ou mesmo de João Victor. O mesmo vale para a recomposição, afinal nenhum dos dois experientes é tão ágil para correr atrás dos atacantes por metade do campo.

Se Vítor Pereira quiser mesmo um time com posse de bola e marcação no campo de ataque, pode ser que a manutenção de Raul Gustavo no time faça sentido para que todos joguem em suas posições de origem.

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