Adriano Imperador opina sobre 9 da seleção e nega arrependimentos na vida
O ex-atacante Adriano participou hoje (19), em São Paulo, do evento de lançamento da série documental "Adriano, Imperador", produção do serviço de streaming Paramount+ que estará disponível a partir de quinta-feira (21). Em entrevista coletiva concedida na sala de imprensa do estádio do Morumbi, ele se emocionou, desabafou, contou detalhes da obra e opinou sobre alguns temas da atualidade do futebol brasileiro.
Um dos assuntos levantados pelos jornalistas foi a camisa 9 da seleção brasileira na Copa do Mundo do Qatar. A pouco mais de quatro meses para o torneio, o autor de dois gols na Copa de 2006 ficou em cima do muro.
"Tem o Hulk, tem o Gabigol, depende muito da forma que a seleção joga. Tem Neymar, que joga mais fora da área do que dentro. Se eu estivesse ali com certeza dava conta (risos), mas tem jogadores que se forem convocados vão fazer por onde e dar alegria para a gente", brincou, antes de dizer que vê o Brasil como favorito no Qatar:
"Infelizmente eu não pude ganhar uma Copa, mas o coração está junto com os jogadores, torcendo. Sei da responsabilidade de jogar Copa do Mundo e com certeza a seleção está bem preparada para conseguir o título."
Ex-jogador de Flamengo, São Paulo, Corinthians e Athletico-PR no Brasil, Adriano tem 40 anos e está parado desde 2016. Sempre distante do contato com a imprensa, permitiu uma imersão em sua vida elogiada pela diretora da série, Susanna Lira.
Os três episódios da produção falam sobre momentos bonitos, como a primeira convocação para a seleção, a Copa América de 2004 e o auge na Inter de Milão, quando ficou conhecido como Imperador, até as polêmicas, a depressão, a morte do pai e o fim de carreira melancólico. Adriano foi perguntado sobre arrependimentos na vida e na carreira e negou que tenha:
Não me arrependo de nada. Porque eu fiz o que quis fazer. As coisas que aconteceram na minha vida foi aquilo que eu quis fazer, não tem porque ficar me culpando pelo que aconteceu. Era para acontecer. Como sempre digo, Deus sabe de tudo na nossa vida. O que fiz foi pensado, no momento em que eu precisava, por causa de coisas tristes. Acho que não me arrependo, não. Quer dizer, tenho certeza."
Um dos questionamentos mais agudos da entrevista coletiva foi sobre o fim da carreira precoce, sem um jogo de despedida. "Quando parei foi uma decisão porque não estava mais com a cabeça focada. Logo que vim da Roma para o Corinthians e meu tendão arrebentou no primeiro treino, veio a tristeza de antes e isso me abatia muito. Quando eu ficava triste me desligava, então é melhor deixar de lado, deixar o futebol. Foi uma tristeza para mim e todos os brasileiros, porque eu era considerado um dos melhores atacantes na época. Não foi fácil, mas naquele momento achei necessário."
A morte do pai, Almir Leite Ribeiro, poucos dias após a conquista da Copa América de 2004 por causa de um ataque cardíaco é vista pela diretora da série Susanna Lira como "ponto de virada" da vida de Adriano. De acordo com o ex-jogador, foi o assunto que mais causou emoção ao longo das entrevistas e filmagens da obra.
"Toda vez que falo sobre meu pai já começo a tremer. Pessoa para mim e para a minha família que muito importante. Toda vez que fala dele eu ainda gaguejo um pouco, ainda me faz falta (...) Para mim foi muito triste. Até hoje é, quando nos apegamos a alguém não conseguimos esquecer. Hoje estou mais tranquilo (...) Mas graças a Deus ele está melhor do que a gente lá, está olhando por mim", disse o ex-jogador.
A série "Adriano, Imperador" estará disponível a 0h01 do dia 21.
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