Topo

Santos

Santos buscou 'unanimidade' antes de ouvir executivo e fechar com Lisca

Lisca trabalhou com Newton Drummond, novo executivo de futebol do Peixe, nos tempos de Internacional - Thiago Ribeiro/AGIF
Lisca trabalhou com Newton Drummond, novo executivo de futebol do Peixe, nos tempos de Internacional Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Gabriela Brino e Lucas Musetti Perazolli

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

19/07/2022 04h00

O Santos decidiu demitir o argentino Fabián Bustos na noite de 6 de julho, logo após a eliminação na Sul-Americana, em plena Vila Belmiro, para o Deportivo Táchira (VEN). Após quase duas semanas, o Peixe está perto de anunciar Lisca, do Sport, como substituto. O nome do novo treinador não foi unanimidade na Vila Belmiro, mas ele vai chegar com a confiança do executivo de futebol Newton Drummond para contrato curto e sem multa rescisória.

Os primeiros contatos pelo novo comandante ocorreram no dia 7, horas após a queda de Bustos, quando o presidente do Alvinegro, Andres Rueda, o vice José Carlos de Oliveira e os demais membros do Comitê de Gestão deram opiniões sobre quem o clube deveria buscar. Ficou acertado ali, porém, que a diretoria esperaria pelo novo executivo de futebol, já que a queda para os venezuelanos também fez Edu Dracena sair.

Depois de quase uma semana e alguns "não" no mercado, Drummond foi anunciado como novo chefe do departamento. E o primeiro recado do diretor foi claro: a prioridade era por um técnico brasileiro. Essa condição inviabilizou alguns nomes, como o português Pepa, ex-Vitória de Guimarães (POR). Drummond, porém, não tinha a palavra final.

Newton Drummond entendia que o Santos precisa de um técnico para "ontem", com entendimento fácil e capacidade rápida de dar competitividade ao time para não sofrer no Campeonato Brasileiro. Já Andres Rueda acreditava que o Peixe devia olhar para hoje, mas também para o futuro, principalmente pelo fim de temporada que vai ser mais cedo neste ano por causa da Copa do Mundo, que começa em novembro, e a possibilidade de planejar 2023 com antecedência.

O problema, outra vez, foi o orçamento. Rueda até cogitava pagar um salário maior que o recebido por Ariel Holan, Fernando Diniz, Fábio Carille e Bustos, mas tem pouco dinheiro para investir em reforços. Esse motivo fez Renato Gaúcho não se animar com uma sondagem do Peixe, por exemplo. Abel Braga, por outro lado, quer descansar e depois ocupar vaga de dirigente, não mais de técnico. E Odair Hellmann precisa de tempo maior para voltar ao Brasil após sair do Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos.

Newton sugeriu nomes de sua confiança, como Guto Ferreira e Lisca, que trabalharam com ele no Internacional. Dentre eles, Lisca foi o eleito. Enquanto isso, o Comitê de Gestão do Santos procurava uma "unanimidade". Nas redes sociais, todos os nomes ventilados sofreram rejeição.

Sem o "candidato perfeito", o Santos aceitou Lisca e o convenceu a deixar o Sport após três semanas. Ele já havia sido procurado pelo Peixe no ano passado, quando não houve acerto. Dirigir o Peixe era um dos objetivos de sua carreira.

Mesmo com Lisca acertado, o Santos pode ter novamente o auxiliar Marcelo Fernandes contra o Botafogo, amanhã (20), na Vila Belmiro, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. O interino dirigiu o Peixe nas vitórias sobre Atlético-GO e Corinthians e na derrota para o Avaí.

Santos