À espera de Lisca, Santos pode perder 'alçapão' da Vila em meio à crise
O Santos está perto de anunciar Lisca como substituto de Fabián Bustos. E o técnico tem o costume de trazer a torcida para perto e aumentar a força de seus times como mandante. Com o Peixe, na Vila Belmiro, porém, pode ser diferente.
Após as invasões de campo durante a vitória santistas por 1 a 0 sobre o Corinthians, pela Copa do Brasil, o estádio do Santos deve ser proibido de receber público. A interdição completa, com a obrigação de transferir o mando, é improvável. O julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ainda não foi marcado.
Lisca tem o hábito de interagir com os torcedores e cantar junto os gritos de suas equipes. No Santos, uma das primeiras dificuldades pode ser atuar com portões fechados na Vila, onde o Peixe costuma ser forte. O Alvinegro praiano vive crise após as eliminações na Copa do Brasil e na Sul-Americana.
A princípio, o Santos será enquadrado artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de desordens na praça desportiva. Dependendo da gravidade do caso, a pena pode ser de dez mandos de campo, além de multa de até R$ 100 mil.
Auxiliar no comando
O Santos ainda atuará na Vila Belmiro e com a presença de seus torcedores contra o Botafogo hoje (20), às 21h30, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Peixe deve ser comandado pelo auxiliar e interino Marcelo Fernandes.
A expectativa da diretoria santista é assinar e anunciar Lisca durante esta quarta-feira, mas não haveria tempo hábil para ele conhecer o elenco e já estar na área técnica. Há a possibilidade de técnico assistir ao jogo de um dos camarotes.
Com Marcelo Fernandes como interino, o Santos venceu seus dois jogos na Vila Belmiro: Atlético-GO e Corinthians. O Peixe, porém, vem de uma derrota por 1 a 0 para o Avaí, na Ressacada.
O Santos tem 20 jogos como mandante em 2022, com nove vitórias, sete empates e quatro derrotas — aproveitamento de 56,6% dos pontos disputados.
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