Do Jardim Suspenso à arena: torcedor de 96 anos volta à casa do Palmeiras
Uma noite inesquecível! Guilherme Campos levou seu avô Milton Campos para conhecer o Allianz Parque na última segunda-feira (18). Agora com 96 anos, Milton passou um bom tempo longe dos gramados, mas sua história com o Palmeiras é de longa data.
A primeira vez que Milton foi assistir a um jogo do antigo Palestra Itália não havia nem estádio onde hoje está localizada uma das arenas mais modernas do país. Em 1937, ele e seu irmão, com 11 e 10 anos, respectivamente, na época, foram ver uma partida de futebol em um campo no qual não havia arquibancada, apenas um alambrado e cadeiras.
Essa experiência fez despertar uma paixão e, desde então, somaram-se inúmeros jogos assistidos in loco no antigo estádio Palestra Itália. Nascido em São Manoel, cidade próxima a Bauru, Milton veio morar na capital paulista definitivamente em 1944. Professor formado, trabalhou durante quatro meses na secretaria do Palmeiras, até ser contratado pela escola da Antártica, que ficava ao lado do Palestra.
Mas, mesmo sendo um grande torcedor da equipe alviverde, Milton ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer o Allianz Parque. Isso porque, há alguns anos, ele foi morar no interior de São Paulo.
"É a minha primeira vez no Allianz porque me mudei para Itupeva, que fica a 300 quilômetros de São Paulo. Eu torci de longe quando ganhamos as duas Libertadores. Eu torço sempre de lá, em todos os jogos do Palmeiras", completou.
O reencontro com a casa alviverde mexeu com as emoções de Milton. "Fiquei emotivo, é enorme. Gostei bastante", admitiu emocionado à reportagem.
Coisa de família
O amor pelo Palmeiras foi passado de geração em geração na família Campos. Guilherme herdou a paixão pelo lado materno, já que pelo paterno, pai e avô, são corintianos. E o avô Milton é o maior responsável por ele ter se tornando palmeirense.
"Quando eu era criança, me levaram para ver um Palmeiras e São Paulo, no Morumbi, e foi 3 a 0 para o Palmeiras. Eu devia ter uns seis anos, aí virei palmeirense. Meu avô é meu herói, meu exemplo de tudo. Sou o ser humano que sou graças a ele, além dos meus pais, claro", declarou Guilherme.
Mesmo com a idade avançada e a distância, Milton garantiu que segue acompanhando as notícias do clube e demonstrou seu apoio ao técnico alviverde, Abel Ferreira. Ele também afirmou que essa geração pode ser considerada a Terceira Academia do Palmeiras.
"Acho o nosso técnico muito bom. Ele deu uma declaração muito bonita, que ele não treina jogadores, treina pessoas. Isso é muito bom, é sinal de que ele respeita. Essa é [a Terceira Academia], porque a primeira eu vi, a segunda eu vi e estou vendo a terceira agora."
Neto e avô revelaram quem são seus jogadores preferidos no atual elenco. Apesar de gostarem do time como um todo, cada um tem o seu favorito.
"Eu gosto muito do Gustavo Gómez! Ele é um paraguaio que adora o Palmeiras, assim como o Arce. Hoje eu vejo a vontade, o gosto de jogar do Gómez, ele é brigador, gosto dele. Agora, também gosto de outros jogadores e acho que o Palmeiras está com um time muito bom e vai melhorar ainda mais quando entrarem os dois atacantes que foram contratados [Merentiel e Flaco López]", declarou Milton.
"Olha, hoje o meu preferido é o Rony, pela mística toda. Ele é a representação do brasileiro, de não desistir nunca. Aquela história de que não precisa ser o melhor e nem perfeito, mas, se você for persistente, irá alcançar o que quer", disse Guilherme.
Pé quente!
Além de uma experiência única, Milton também foi pé quente em sua primeira visita ao Allianz! O Palmeiras venceu o Cuiabá por 1 a 0, com gol de Gabriel Veron. Com essa vitória, o Verdão recuperou a liderança do Campeonato Brasileiro e se tornou o primeiro time do Brasil a marcar 100 gols em 2022.
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