Reforço de R$ 208 milhões do Arsenal fugiu da guerra e treinou na rua
O Arsenal está em vias de confirmar mais um reforço para a próxima temporada. Depois de contratações como as de Gabriel Jesus, ex-Manchester City, e Marquinhos, revelado pelo São Paulo, a chegada do lateral esquerdo Oleksandr Zinchenko ao clube londrino é iminente.
De acordo com a imprensa inglesa, os Gunners desembolsarão 32 milhões de libras (cerca de R$ 208 milhões, na cotação atual) para tirar outro jogador do atual campeão inglês (Manchester City). Aos 25 anos, o ucraniano Zinchenko tem uma história de superação até chegar aos campos da Premier League.
Em 2014, o jogador e sua família tiveram de deixar o leste da Ucrânia rumo à Rússia, por causa do início de uma guerra na região. Naquele período, o canhoto precisou treinar nas ruas de Moscou para não desistir do sonho de jogar futebol.
À época, o lateral esquerdo atuava nas categorias de base do Shakhtar Donetsk. Quando foi para a Rússia, ele tentou assinar um contrato com o Rubin Kazan, mas não conseguiu a liberação do clube ucraniano. Como não voltou ao país em que nasceu, Zinchenko ficou meses sem entrar em campo.
"Eu fiquei sem clube por cinco ou seis meses. Era uma situação muito difícil porque, naquela época, eu tinha contrato com o Shakhtar Donetsk, mas estava muito perigoso na Ucrânia. Foi por isso que a minha família se mudou. Eu apenas treinava sozinho, diariamente, nas ruas de Moscou", explicou o jogador ao jornal 'The Guardian'.
Zinchenko até conseguiu uma oportunidade no Rubin Kazan, fez pré-temporada com o clube em 2015, mas o imbróglio contratual impediu que ele assinasse um novo vínculo. Ele conseguiu voltar a atuar profissionalmente em fevereiro daquele ano, quando se acertou com o FC Ufa, clube da primeira divisão russa.
Cerca de um ano depois, Zinchenko foi contratado pelo Manchester City, passou por empréstimo e deu um salto na carreira. Entre os títulos, o ucraniano coleciona quatro conquistas do Campeonato Inglês.
Recentemente, Zinchenko disputou com a Ucrânia a repescagem por uma vaga na Copa do Mundo, mas a seleção foi derrotada por País de Gales e não vai ao Mundial. Principal nome da equipe, o lateral esquerdo se manifesta com frequência contra a atual guerra de seu país com a Rússia.
No início do conflito, em março deste ano, ele cogitou voltar à Ucrânia para defender a pátria. "Serei honesto, se não fosse por minha filha e minha família, eu estaria lá. Eu nasci assim. Conheço as pessoas do meu país, a mentalidade delas, e todas elas pensam exatamente da mesma forma", afirmou.
"Estou tão orgulhoso de ser ucraniano e estarei para sempre pelo resto da minha vida. Eu conheço as pessoas, a mentalidade. Eles preferem morrer e vão morrer, mas eles não vão desistir."
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