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Atlético-MG perdeu 5 vezes no ano, mas atuações ruins pesaram contra Turco

Victor Martins

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte (MG)

22/07/2022 11h00Atualizada em 22/07/2022 16h29

A pressão sobre o técnico Turco Mohamed chegou no nível mais alto desde que ele assumiu o comando do Atlético-MG, no início da temporada, e o treinador não resistiu à pressão. A demissão do argentino foi confirmada pela diretoria do clube na manhã desta sexta-feira, após o empate em 1 a 1 com o Cuiabá, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Se nas duas oportunidades anteriores em que o argentino esteve próximo de cair, no fim de junho e após a eliminação para o Flamengo, na Copa do Brasil, havia um respaldo por parte da diretoria, o cenário mudou bastante nas últimas horas. A decisão não teve a ver com os resultados, mas com o desempenho.

O trabalho de Turco Mohamed no comando técnico do Atlético entregou aproveitamento, como mostram os números de 2022, mas não teve bom desempenho. Ainda durante o Campeonato Mineiro já havia contestações sobre a maneira de o time jogar, que só cresceram a partir do momento que o Galo começou a fazer jogos contra adversários mais qualificados, como é no Brasileirão, na Copa do Brasil e na Copa Libertadores.

Mas se faltava desempenho, sobrava aproveitamento. Em 45 jogos na temporada, o Atlético foi derrotado apenas cinco vezes, sendo uma delas para a URT, na primeira fase do Campeonato Mineiro, utilizando uma equipe completamente reserva. As outras derrotas foram para o América-MG e Fluminense, no Brasileirão, para o Tolima, na Libertadores, e para o Flamengo, na Copa do Brasil.

Sob o comando de Turco Mohamed o Atlético foi campeão da Supercopa do Brasil e do Campeonato Mineiro, está na 3ª colocação no Brasileirão, somente quatro pontos atrás do líder Palmeiras, e está classificado às quartas de final da Copa Libertadores. O pior momento na temporada foi a queda na Copa do Brasil, diante do Flamengo, nas oitavas de final. Nas 45 partidas disputadas sob o comando de Turco, o Galo tem 69% de aproveitamento, com 27 vitórias, empatou outras 13 e perdeu apenas cinco. São 77 gols marcados e 36 sofridos.

Mas se os números foram satisfatórios, o desempenho deixou a desejar para quem contava com um dos melhores e mais caros elencos do país. No empate com o Cuiabá, por exemplo, o Galo teve quase 70% de posse de bola, mas viu o adversário finalizar mais vezes e criar mais oportunidades de gol. Foram 7 chutes do Atlético, sendo apenas quatro no rumo do gol, contra 16 da equipe mato-grossense, que acertou 8 arremates no alvo.

Já na eliminação da Copa do Brasil, diante do Flamengo, o Atlético foi derrotado por 2 a 0 sem conseguir finalizar no rumo do gol rubro-negro. Diante do São Paulo, no Mineirão, pela 16ª rodada do Brasileirão, o Galo chutou apenas duas vezes na meta de Jandrei, mesmo diante de um adversário todo desfigurado pela quantidade de desfalques.

O próprio Turco Mohamed admitiu que o Atlético teve apresentações abaixo do que pode, pela qualidade do elenco. "Não estamos funcionando como equipe. Temos que melhorar vários aspectos do jogo", disse o treinador argentino, após o empate com o Cuiabá, no que foi a última entrevista como funcionário do Galo.

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