Castro aponta melhora do Botafogo e cita isolamento antes da vitória
Depois de quatro derrotas seguidas e sem marcar nenhum gol, o Botafogo aliviou o momento ruim com um trinfo por 2 a 0 sobre o Athletico na noite de ontem (23). Após a vitória no Nilton Santos, no Brasileirão, o técnico Luís Castro disse que a equipe está melhorando.
"Eu não sou um treinador que gosto de jogar com linha de cinco, gosto de equipes ofensivas, voltadas para frente e equilibradas atrás. Hoje esteve mais perto daquilo que entendemos. Espero que a equipe caminhe segura para essa fluidez. Ainda estamos em construção. Construir uma casa com as pessoas lá dentro não é fácil, é o que acontece com as equipes, nos obrigam a alguns riscos. Sempre entendi meus jogadores, mas fundamentalmente tinha que me entender. Me isolar de opiniões e informações para pensar no que precisava fazer para deixar o time na rota do êxito. Ainda estamos com muitas dificuldades e ainda vamos passar períodos críticos, como o que vivemos hoje. Tenho consciência disso, não me deixo iludir por uma vitória. Este é um Botafogo mais próximo daquilo que eu quero", comentou.
Com a vitória na 19ª rodada, o Alvinegro encerrou o primeiro turno do Brasileirão com 24 pontos, provisoriamente na 11ª colocação. Apesar da distância de seis pontos para a zona de rebaixamento, o treinador manteve a cautela na hora de projetar o que espera ao final do campeonato.
"O primeiro turno foi muito difícil. Mesmo assim, fomos sempre verdadeiros, ambiciosos e responsáveis. Conseguimos fazer a equipe crescer, com o empenho de todos e o suporte de todos que nos envolvem. Mesmo com as derrotas, a equipe teve a paz necessária para encontrar as vitórias. No segundo turno, esperamos continuar crescendo e atingir nosso objetivo na temporada, que é deixar o Botafogo na Série A", avaliou.
A próxima partida do time será neste sábado (30), às 19h, contra o Corinthians. O duelo da 20ª rodada acontece na Neo Química Arena, em São Paulo.
Confira outros trechos da coletiva
Principais pontos da partida
Entendo as questões. Nós não ganhamos porque eles têm jogo contra o Flamengo, ganhamos, pois fomos melhores que o Athletico, com um jogo ligado, fluído e com oportunidades. Concedemos algumas oportunidades, mas eles concederam mais. Tivemos 17 finalizações, o que é sempre bom. Falar do Botafogo é falar de sua academia. Me dá muito prazer lançar. Os reforços não fazem mais do que vieram para fazer, que era jogar bem. Fico triste não fazem isso, foram contratados para jogar bem. Quando lançamos o Jeffinho o conhecíamos bem, assim como o Mezenga. Trabalhamos com os jogadores. Hoje ganhamos e foi uma boa exibição. Quando se perde, se tira o brilho da exibição
Time mais ofensivo daqui para frente
As equipes têm sempre onde crescer. Quando pensamos estar em nosso limite, podemos subir. Se trabalhamos até as 7h, podemos ir até 7h10. Às vezes não parece, mas é verdade. Mesmo as equipes mais perfeitas do mundo perdem de vez em quando. Por mais equilibrados que sejamos, terá momentos em campo que iremos parecer desequilibrados. Três das quatro alterações que fizemos hoje foram de jogadores que pediram para sair.
Mezenga e Jeffinho
Quando nós nos referimos aos jovens, precisamos ter muito cuidado, tanto com os atos quanto com as palavras. É um perigo lançar sem sustentar. Rapidamente, são envolvidos pelo que é o mundo do futebol e perdem a consciência do que é o dever diário deles fora do jogo. Temos que ter muito cuidado. Nunca pode ser dado como garantia de titularidade, eles não podem perceber que o caminho terminou. Estão em permanente formação, assim como somos nós na vida. Só somos sábios depois de uma longa experiência de vida. Até lá, estamos em constante construção. É um perigo idolatrar neste momento, pois não têm estrutura para aguentar. Ainda tem muito a caminhar para se atingir o mais alto nível. Vamos ter cuidado com eles.
Desempenho x resultado
Muitas vezes, rotulamos os jogadores. Esse não tem marcação, a equipe não tem um volante de grande abrangência... Isso caminha com preconceitos. Hoje fomos muito ofensivos, mesmo com dois volantes. Jogamos com um pivô e um 8/6 e um 8/10. O Carlos se projetava mais e o Lucas pegava mais baixo, A diferença entre quarta e hoje foi os gols que nos deram confiança. Afundamos ao sofrer na quarta (na derrota por 2 a 0 para o Santos). Criamos, mas estávamos desconfiados na marcação. Uma coisa é perder 3 jogos seguidos em 3 semanas e outro é perder 3 em uma semana. Isso é demolidor para os jogadores. A análise tem que ser feita por mim, que preciso saber animar os jogadores, sempre com verdade e muita coragem. É preciso muita coragem para entrar no estádio após 4 derrotas. O apoio da torcida, tanto no último jogo, como na forma que nos recebeu hoje, foi muito importante. Meus jogadores são muito fortes, mas são humanos. Eu também. Necessitamos desse apoio.
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