Caixa diz que empréstimo ao Corinthians foi 'operação muito mal sucedida'
O Corinthians finalmente pacificou a disputa com a Caixa Econômica Federal e vai voltar a pagar o empréstimo que recebeu para a construção da Neo Química Arena. São mais de 611 milhões de uma dívida contraída ainda em 2014 e que pode se arrastar por mais 19 anos, por isso a presidente do banco classifica toda a operação como "muito mal sucedida".
"A equipe da Caixa tem atuado com muito afinco nisso, é um interesse público, e agora saiu uma operação de reestruturação para termos novas garantias e recuperarmos esses recursos. Foi uma operação de crédito muito mal sucedida que a gente ainda tenta recuperar, este é mais um capítulo disso", afirmou Daniella Marques à rádio Jovem Pan, ontem (25).
O acordo de reestruturação da dívida foi anunciado pelo Corinthians ontem. O clube vai voltar a pagar os juros do empréstimo entre 2023 e 2024, e a partir do ano seguinte volta a abater a dívida principal. O financiamento vai até 2041. São parcelas trimestrais de valores não divulgados por sigilo de contrato, mas é certo que valor arrecadado com os naming rights do estádio e parte da bilheteria dos jogos serão direcionados para este pagamento.
"Estamos recuperando. Agora reforçamos as garantias e assim começa a criar um fluxo de amortização. Isso dá uma viabilidade de pagamento muito maior, uma vez que o clube tem um ativo muito valioso, seja na torcida enorme, na bilheteria, nos jogadores ou na venda de direitos de transmissão. Isso permite que o cenário seja diferente daqui para frente", completa a presidente da Caixa Econômica Federal.
O Corinthians entende que a reestruturação da dívida dá fôlego ao clube após uma disputa judicial que durou três anos. Em 2019 a Caixa alegou atraso nos pagamentos da devolução do empréstimo feito pelo BNDES cinco anos antes, entrou na Justiça e pediu a devolução de tudo de uma vez -cerca de R$ 536 milhões na época. O processo se arrastou sob risco, ainda que remoto, de o estádio acabar leiloado se o banco vencesse a disputa. Agora há um novo acordo vigente, e a primeira parcela vence em março de 2023.
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