Jornal: Neymar será julgado por corrupção na Espanha um mês antes da Copa
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A disputa jurídica entre Neymar e Barcelona pode ter mais um episódio em breve. De acordo com o 'El País', o craque do PSG e da seleção brasileira será julgado por suposta corrupção em seu contrato com o clube catalão. A publicação informa que a ação no Tribunal de Barcelona começará em 17 de outubro, cerca de um mês antes da Copa do Mundo do Qatar.
A promotoria está pedindo dois anos de prisão para o brasileiro, segundo o jornal espanhol. O Barça está listado como pessoa jurídica no processo a o Ministério público cobra o pagamento de R$ 45 milhões. Além de Neymar, outras cinco pessoas serão julgadas: seus pais (Neymar pai e Nadine Gonçalves), dois ex-presidentes da equipe espanhola (Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu) e um ex-diretor do Santos.
De acordo com o 'El País', o julgamento será realizado em sete sessões até o dia 31 de outubro. A Copa começa em 21 de novembro, com a final marcada para 18 de dezembro. Cabeça de chave do Grupo G, a seleção brasileira estreia no torneio no dia 24, contra a Sérvia.
O julgamento é resultado de uma denúncia apresentada em 2015 pela DIS, empresa brasileira que se sentiu prejudicada no processo de contratação de Neymar pelo Barça. A organização possuía, desde 2009, 40% dos direitos do jogador quando ele atuava pelo Santos, e pede uma indenização superior a R$ 800 milhões por ter sido enganada na venda.
Conforme o visão da empresa e do MP, o jogador e seu pai assinaram, em 2011, dois contratos simulados com a equipe catalã. Nesses documentos, eles ignoravam a parcela de direitos que correspondia à empresa e ao clube paulista. Na época, Neymar ainda atuava pelo Santos e só viria a sair para o Barça dois anos depois, em 2013.
Um desses contratos, no valor de R$ 217 milhões (na cotação atual), serviu para "amarrar" o futuro acerto com o clube espanhol e teria sido feito "pelas costas" do Santos e da DIS. A empresa pede que a punição a Neymar seja de cinco anos de prisão e que ele seja inabilitado, por esse tempo, a jogar futebol.
Há seis anos, em 2016, o Barcelona foi condenado pelo Tribunal da Espanha a pagar uma multa de quase R$ 30 milhões (cotação atual) por dois crimes fiscais na operação que resultou na contratação do craque. A decisão permitiu que o então presidente do clube, Bartomeu, e o ex-mandatário, Rosell, fossem livrados de enfrentar pena de prisão.
O UOL Esporte entrou em contato com a assessoria de Neymar, mas não recebeu resposta até a publicação do texto. A matéria será atualizada quando se manifestarem.
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