Corinthians: Derrota é alerta para soluções não virarem problemas para VP
A derrota por 2 a 0 do Corinthians para o Atlético-GO, na noite de ontem (27), dá muito o que pensar para Vítor Pereira. O técnico não escondeu a irritação com o que viu em campo e agora tem que encontrar um jeito de fazer seu trio de ataque funcionar (e ajudar a marcar). Mesmo com o elenco quase completo à disposição, as estrelas desapareceram, e a empolgação virou preocupação para as três decisões que vêm pela frente.
O diagnóstico de VP em Goiânia foi soberba. "Jogamos de barriga cheia", admitiu na entrevista coletiva, deixando claro que a única forma de reverter a desvantagem na Copa do Brasil é com "faca na boca, sendo agressivos, jogando com fome".
Antes de rever o Atlético-GO daqui a três semanas, porém, o Corinthians tem dois jogos de mata-mata ainda mais importantes: ambos contra o Flamengo, pelas quartas de final da Libertadores. A julgar pelo descontentamento de Vítor Pereira ontem, não é só a atitude que precisa mudar.
O Corinthians vinha de resultados importantes e alguma empolgação por seguir na disputa de três títulos, tinha elenco praticamente inteiro à disposição em Goiânia e pôde levar ao jogo até o reforço Fausto Vera. VP tinha dito há três dias que "a tendência é melhorar a qualidade, porque agora temos soluções". Portanto, a visita ao Atlético-GO poderia ser o primeiro passo de uma nova fase, talvez de estilo mais ofensivo e sem a retranca que marcou as classificações anteriores no mata-mata. Era esta a promessa, mas o campo contou outra história.
No jogo que poderia confirmar o bom momento do Corinthians, as soluções parecem ter virado problema. A experiência com Cantillo, Du Queiroz e Maycon no meio-campo deu errado; Willian e Róger Guedes não funcionaram; e Yuri Alberto até tentou brigar com a defesa adversária, mas não arrumou nada. Em que pese as circunstâncias diferentes, na prática, o time jogou melhor quando vivia cheio de desfalques.
A dúvida é se o treinador vai insistir nestes três atacantes, o que seria uma guinada inédita na filosofia do Corinthians de VP. Nos últimos meses o time teve sucesso muito por causa da aplicação tática, o que quase sempre incluiu um ponta (ou meia) que ajudasse a marcar pelo lado do campo. Até agora, e o jogo de ontem foi ilustrativo, nem Willian, nem Róger Guedes, nem Yuri mostraram condições de fazer o mesmo.
"Tivemos muitas dificuldades nas laterais. A opção por jogar com Róger e Yuri foi minha, é minha responsabilidade, mas desta forma claramente não dá. Eles criaram muitos problemas, várias situações de dois contra um lá atrás."
Vítor Pereira, sobre o custo de escalar atacantes
A missão de Vítor Pereira agora é retomar a postura que ele tanto exaltou nas últimas semanas: "o espírito do Corinthians", como ele diz, que marcou os jogos contra Boca Juniors, Flamengo e Atlético-MG.
Por falar em Flamengo, o jogo de ida na Libertadores é na terça-feira (2), na Neo Química Arena. Antes disso o Corinthians recebe o Botafogo no sábado (30), pelo Brasileirão, tentando apagar a má impressão deixada em Goiânia e dando razões para acreditar em desempenho melhor nas três semanas de mata-mata que estão por vir.
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