Flamengo precisa mudar para superar retrancas e avançar em mata-matas
O Flamengo reviveu momentos do passado recente, mas inéditos sob o comando de Dorival Júnior. O clube carioca dominou o Athletico, que atuou na retranca, e amargou um empate em 0 a 0 no Maracanã, ontem (27), no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Agora, o Fla liga o alerta para as próximas decisões.
O confronto da volta contra os paranaenses acontecerá somente em 17 de agosto, na Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Antes, a equipe de Dorival encontra o Corinthians, pela Libertadores, na próxima terça-feira (2). Será mais um tira-teima contra uma equipe 'mais fechada'.
No último encontro entre as equipes, pelo Brasileirão, o Corinthians de Vítor Pereira levou a melhor ao vencer por 1 a 0, em jogo que o Fla terminou com mais posse de bola e mais chutes a gol. Nesta quarta, pela Copa do Brasil, a equipe paulista perdeu para o Atletico-GO, e o técnico português identificou problemas já projetando os próximos jogos.
"Tivemos muita dificuldade para defender as laterais. A opção por jogar com Róger e Yuri foi minha, é minha responsabilidade, mas me parece que não dá. Desta forma, claramente não dá. Eles criaram muitos problemas, várias situações de dois contra um lá atrás. E depois vem o [fator de] chegar atrasado em todos os lances, estar longe, não estar compacto. No jogo anterior já percebemos que os pontas deles são perigosos, mas não conseguimos evitar que fossem lançados", disse Vítor Pereira em coletiva.
Pronto para defender, e jogando o primeiro jogo na Neo Química, o Corinthians promete mais um teste ao Flamengo de Dorival, que, após o empate com o Athletico, minimizou a dificuldade apresentada em jogar contra uma retranca.
"Nós nos preparamos para toda e qualquer situação. Imaginávamos a possibilidade de uma iniciação um pouco diferente, mas foi uma opção e nós respeitamos a decisão. Procuramos e tentamos jogar, botar a bola no chão. Fizemos o jogo que sempre fizemos. Tivemos um número considerável de possibilidades reais de gol. Não conseguimos a finalização. É um jogo de 180 minutos, temos a consciência e está em aberto", avaliou Dorival.
Contra o Athletico, o Flamengo teve mais de 70% de posse de bola e encerou o jogo com mais de 20 finalizações, no entanto, não conseguiu marcar. Gabi perdeu algumas chances claras, e Dorival saiu em defesa do jogador.
"Nos momentos decisivos ele vai fazer, podem ter certeza disso. Gabriel é um jogador letal dentro da área. Ansiedade é um fator natural, agora o papel que ele está cumprindo taticamente, o que tem contribuído para nossa equipe, participação em muitos lances de gols, chances criadas, mobilidade, tem dado uma outra cara pra equipe, e isso é um fato tão importante quanto os gols que talvez nesse momento não tenha feito, mas que daqui a pouco, nos momentos que precisarmos, não tenho dúvida que ele estará presente", antes de continuar:
"Tudo é questão de tempo, manter a confiança do jogador, ele está buscando isso e, quando menos se espera, o Gabriel se faz presente. São nos momentos decisivos que ele contribui mais diretamente para o conforto da própria equipe", finalizou.
As decisões contra Athletico e Corinthians determinam o caminho do Flamengo na temporada, que terá de superar as dificuldades para manter o time focado em busca dos três títulos que ainda disputa.
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