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Goleada do Vasco alivia pressão e dá respiro na busca por novo técnico

Emílio Faro, auxiliar do Vasco, durante duelo com o CRB, em São Januário, pela Série B do Brasileiro - Daniel Ramalho/CRVG
Emílio Faro, auxiliar do Vasco, durante duelo com o CRB, em São Januário, pela Série B do Brasileiro Imagem: Daniel Ramalho/CRVG

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

29/07/2022 04h00

Entre os festejos pela goleada sobre o CRB, pela Série B do Brasileiro, na noite de ontem (28), a torcida do Vasco gritou "fica, Emílio", para o interino Emílio Faro. A atuação e a vitória aliviaram a pressão em um elenco que não vencia há três partidas e dão um breve lastro a uma diretoria que ainda analisa o mercado em uma busca de um novo treinador.

Internamente, em oportunidade anterior, Faro não demonstrou intenção em ser efetivado. Em entrevista coletiva ontem, após a partida, desconversou sobre uma possível permanência.

"É uma situação muito voltada para o melhor do Vasco. Sei que eu vou estar dentro do contexto para fazer aquilo que me for solicitado. Não vai faltar esforço para ajudar o Vasco no acesso à Série A. Em que contexto? Não sei", disse.

O fato é que o rito da SAF está avançando no Cruz-Maltino e a concretização do acordo com a 777 Partners se aproxima, o que faz o momento atual ganhar ares de transição.

Após a saída de Zé Ricardo, que aceitou proposta do Shimizu S-Pulse, do Japão, a cúpula se viu na encruzilhada de não poder oferecer um acordo muito longo devido aos trâmites para a SAF e ter de fazer um investimento dentro da realidade financeira do clube, mas a passagem de Maurício Souza, que teve a primeira experiência no profissional, não se tornou positiva.

Até aqui, Emílio Faro esteve à frente do time em três oportunidades, contra Náutico, Cruzeiro e CRB, obtendo 100% de aproveitamento.

Após o duelo com o CRB, Andrey fez elogios a Emílio e admitiu que, sob o comando de Mauricinho, a equipe havia se afastado um pouco do DNA desenhado no início da competição.

"O Emílio não tem o que dizer dele. Baita profissional. Não só no profissional, ele é um amigo, está próximo da gente, nos apoiando, dando incentivo. Não tenho o que dizer. O mais importante é estarmos focados dentro de campo. O que eu sei é que Emílio estando à frente ou outro chegando, nosso objetivo continua o mesmo. É continuar focado e trabalhar cada vez mais em busca do acesso", apontou.

"Infelizmente, com o Mauricio, perdemos um pouquinho desse DNA da competição. O Mauricio mesmo já vinha cobrando, mas, infelizmente, as coisas não estavam dando certo. Graças a Deus, hoje deu tudo certo e voltamos a ser aquele Vasco que compete e se entrega", completou.

Nomes analisados

No atual momento, dois nomes despontam como favoritos: Guto Ferreira e Odair Hellmann. A 777 Partners, que está próxima de assumir a SAF do clube, tem sido consultada e dado sua opinião, mas a decisão final será dos atuais dirigentes cruz-maltinos.

Ex-Internacional e Fluminense, Odair estava no Al Wasl, dos Emirados Árabes, onde se desligou há cerca de um mês. O treinador é visto como o perfil ideal para comandar o elenco vascaíno e também foi bem avaliado por Paulo Bracks, que tem sido uma espécie de consultor da 777.

Guto Ferreira, que estava no Bahia, é visto como um "plano B" e, ao seu favor, conta o fato de estar disposto a assumir esta missão. Ele já havia sido especulado anteriormente no clube.

Base aparece

No confronto contra a equipe de Maceió, a base acabou mostrando força em um momento importante. Andrey foi autor de dois gols e Eguinaldo, destaque do sub-20, balançou a rede pela primeira vez no elenco principal. Marlon, que entrou no segundo tempo, também foi lembrado por Emílio Faro:

"O Vasco sempre foi uma potência na base. Podemos enumerar e vai faltar página no livro. Estamos com uma leva que já vinha atuando no profissional e agora incorporamos o Marlon e o Eguinaldo. Com certeza a torcida vai ter muita alegria com esses atletas".

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