Diretor do Palmeiras critica arbitragem e CBF: 'Está ficando insustentável'

Diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros fez um pronunciamento após a vitória sobre o Ceará, nesta noite, na Arena Castelão, pelo Campeonato Brasileiro. O dirigente fez duras críticas ao árbitro Anderson Daronco, que considerou ter feito uma condução da partida "extremamente complicada", e pediu forte posicionamento sobre a arbitragem brasileira, prometendo que o clube fará novas ações.

O Verdão reclama do lance em que foi marcado pênalti para o Vozão, e lembra que no lance que gerou a expulsão de Richardson, do Ceará, Daronco teve de ser chamado ao VAR.

"Estamos à frente há algum tempo do futebol do Palmeiras e acredito que essa seja a primeira vez que eu venho representando toda a diretoria em razão de algo que está ficando insustentável para o nosso futebol. Nós tivemos, hoje, uma arbitragem extremamente complicada, delicada, do Anderson Daronco. São situações que estão extremamente corriqueiras em nosso futebol. Temos um grande produto na mão, e, de alguma forma, estamos conseguindo diminuir o seu valor", disse.

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"A presidente [Leila Pereira] já esteve na CBF, já estivemos com o diretor de arbitragem, o Wilson Luiz Seneme, e as coisas não mudam. Não dá mais para ter o discurso de que 'estamos há pouco tempo, estamos tentando mudar'. Até porque, os erros são muitos maiores hoje que um tempo atrás", completou.

Barros lembrou outras partidas recentes em que considerou que o Palmeiras foi prejudicado pela arbitragem, como a eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil, em duelo com o São Paulo, e o confronto com o Internacional. Para o dirigente, se chegou a um "momento delicado do futebol" e pediu "posição drástica".

"Tivemos um jogo contra o São Paulo em que a CBF, em nome de Wilson Luís Seneme, foi incapaz de nos dizer se houve impedimento ou não. Nenhum dos senhores que estão nesta sala [de imprensa] tem essa resposta. No jogo contra o Internacional, nós tivemos um problema com a linha do impedimento, onde mais uma vez fomos prejudicados. E hoje, podemos citar o exemplo da expulsão, quando o árbitro da partida consulta o VAR. Quando ele define por um pênalti que não aconteceu, ele não consulta o VAR. Acho que chegou em um momento muito delicado do futebol. Ou tomamos uma posição, ou a CBF toma uma posição, ou o presidente da CBF toma posição, ou Seneme e toda sua equipe tomam uma posição drástica, ou o futebol vai caminhar para um lugar muito ruim", afirmou.

O diretor de futebol do Palmeiras considera que, hoje, a arbitragem se torna um grande problema" e os agentes do esporte "não podem aceitar isso", indicando que o clube tomará novas ações.

"As situações que ocorrem no dia a dia, por responsabilidade também de atletas, comissões técnicas, diretoria, presidente, mas hoje, a arbitragem se torna um grande problema, que tende a influenciar o futebol brasileiro. E a gente não pode permitir isso. Não podemos aceitar isso, o Palmeiras não vai aceitar isso. Mais medidas de nossa parte serão tomadas contra a comissão de arbitragem, contra o árbitro do jogo, e até mesmo junto à própria presidência da CBF, porque é a responsável por esse processo, e precisa tomar decisões para que a gente não caminhe para um lugar ainda pior do que a gente está nesse momento no futebol brasileiro. Importante para o Palmeiras registrar essa posição hoje".