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Cambistas cobram até R$ 700 para Corinthians x Fla na Libertadores

Cambistas agem e vendem ingressos para Corinthians x Flamengo da Libertadores - Arthur Sandes
Cambistas agem e vendem ingressos para Corinthians x Flamengo da Libertadores Imagem: Arthur Sandes

Do UOL, em São Paulo

02/08/2022 19h54

Com ingressos esgotados na venda oficial, o Corinthians x Flamengo da noite de hoje (2), às 21h30, válido pelas quartas de final da Copa Libertadores, tem entradas vendidas por até R$ 700 nas mãos de cambistas.

O UOL Esporte conversou com quatro vendedores, horas antes de a bola rolar na Neo Química Arena. Os preços variam, mas no geral partem de R$ 500. O preço mais alto oferecido à reportagem foi de R$ 700, por um ingresso no setor leste inferior. Na venda oficial, este setor custaria entre R$ 240 e R$ 280.

O cambismo é crime previsto no Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/2003). O artigo 41-G diz que a pessoa que "fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete" pode ser punida com reclusão de dois a quatro anos e receber multa.

Apesar da criminalização, a prática segue muito comum em estádios brasileiros. Na noite de hoje, cambistas circulavam livremente pelos portões de acesso da Arena corintiana, o que também é comum em outras partidas.

O modo operante é simples e bastante tecnológico: o cambista leva o torcedor até a catraca, passa o QR code do ingresso pelo WhatsApp e recebe também pelo celular, via pix.

Há também quem repasse ingressos pelo valor de face. É o caso do corintiano Anderson Inácio, técnico em refrigeração de 28 anos que comprou um ingresso para a namorada, mas ela não pôde ir ao jogo por um compromisso de trabalho. Quando falou com o UOL, ele procurava um torcedor para revender, mas pelo mesmo preço que pagou. "É o certo", resumiu.

Torcerdor vende ingressos para Corinthians x Flamengo da Libertadores - Arthur Sandes/UOL - Arthur Sandes/UOL
Corintiano Anderson Inácio vendeu ingresso da namorada, que não pôde ir, pelo mesmo valor que comprou
Imagem: Arthur Sandes/UOL