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Bom desempenho sem Rony aumenta opções e pode mudar futuro Palmeiras

Flaco López, jogador do Palmeiras, em treino na Academia de Futebol - Cesar Greco/Palmeiras
Flaco López, jogador do Palmeiras, em treino na Academia de Futebol Imagem: Cesar Greco/Palmeiras

Diego Iwata Lima

Do UOL, em São Paulo

03/08/2022 04h00

O Palmeiras titular de 2022, a despeito do necessário rodízio de jogadores, é um dos poucos times na história recente do clube que pode ser escalado sem qualquer dúvida pela torcida:

Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Danilo, Zé Rafael e Raphael Veiga; Scarpa, Rony e Dudu. Ou, ao menos, essa era a situação até 21 de julho, quando Merentiel e, principalmente, Flaco López estrearam com a camisa do clube.

O técnico Abel Ferreira se aproveitou da lesão na coxa esquerda de Rony, fora de combate há cinco jogos, e que não enfrenta o Atlético-MG hoje (3), pela ida das quartas de final da Copa Libertadores, para promover as entradas dos dois atacantes estrangeiros recém-contratados.

O português viu López brilhar nos últimos jogos e se candidatar a uma vaga na linha de frente alviverde. A tendência é que ele encare o Atlético como titular no Mineirão.

Sua entrada, contudo, aliada à volta de Rony, bem perto de estar recuperado da lesão, abre o leque de opções e pode trazer alterações nas peças e no jeito de jogar da equipe.

Saída de Veron está ligada com a questão

Conforme Abel disse depois da goleada por 5 a 0 sobre o Cerro Porteño (PAR), nas oitavas da Libertadores, Rony tem lugar garantido na equipe.

Assim, quando ele estiver bem fisicamente, o óbvio seria a simples troca de Flaco pelo camisa 10. A questão é que o time foi bem com um centroavante de ofício de qualidade, um antigo sonho de Abel.

Além do gol típico de um 9 na vitória por 2 a 1 sobre o Ceará, no último domingo (31), pelo Brasileirão, Flaco mostrou-se bom no jogo aéreo com a bola rolando, e não somente em bolas paradas.

Negociado com o Porto (POR), Gabriel Veron foi visto como uma peça prescindível pela comissão técnica, entre outras razões, porque Rony, um ponta de ofício, poderia retornar ao seu setor de origem.

Embora se mostrasse adaptado à função e tivesse em seu melhor momento no clube, ele já não precisaria seguir improvisado como "camisa 9", papel que passaria a ser de Merentiel e ou López.

Quem vai sobrar?

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Raphael Veiga, do Palmeiras, lamenta pênalti perdido contra o São Paulo pela Copa do Brasil
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Com a futura volta de Rony alguém vai sobrar. Hoje, quem ocupa a faixa esquerda do campo no ataque, se revezando, são Dudu e Scarpa, dependendo da estratégia — que também faz com que o papel de Piquerez se altere em momentos diferentes dos jogos.

Hoje, Scarpa é o principal jogador ofensivo do Palmeiras. O camisa 14 ganhou espaço e subiu demais de produção na ausência de Raphael Veiga. O camisa 23 vinha sendo o grande nome do time, mas caiu muito de rendimento depois de lesionar a coxa direita e contrair covid.

No atual cenário, é impensável que Scarpa fique fora dos principais jogos por opção do técnico. O mesmo vale para Dudu, nem tanto pelo seu desempenho técnico, que vem crescendo, mas especialmente pela importância dele para o grupo e a torcida.

Se Rony, como disse Abel, tem lugar cativo, a dúvida passará a ser entre Flaco e Veiga, ao que tudo indica.

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