Barcelona pode 'perder' Lewa e Raphinha no Espanhol? Entenda o imbróglio
Apesar de ter se reforçado com Lewandowski, Raphinha, Koundé, Kessie e Christensen na atual janela do mercado da bola, o Barcelona não pode contar, ao menos até o momento, com os atletas em campo no Campeonato Espanhol. As informações são do jornal Sport.
De acordo com o veículo, o clube ainda não cumpriu requisitos obrigatórios da La Liga, entidade que organiza o torneio, para inscrever novos jogadores.
A diretoria do Barça já está ciente do problema e há, inclusive, uma negociação em curso nos bastidores para quitar a questão e liberar os atletas.
Além do quinteto, Sergi Roberto e Dembélé, que já fazem parte do elenco e renovaram seus vínculos recentemente, também não podem ser registrados para a disputa de partidas válidas pela competição nacional.
O fato esbarra em um problema bastante conhecido dos torcedores catalães nos últimos anos: o rigoroso fair play financeiro espanhol, causador da saída de Lionel Messi da equipe no ano passado.
Como resolver o entrave?
O Sport informou que o Barça precisa, com urgência, reduzir a sua folha salarial para atender aos itens exigidos pela La Liga. Depois, o clube terá que comprovar uma nova fonte de receita. Diante disto, vendas podem surgir nos próximos dias — e elas atendem pelos nomes de Frenkie de Jong, Memphis Depay e Aubameyang.
O primeiro tem dificultado sua saída da equipe rumo ao Manchester United, enquanto o segundo, sem espaço, está negociando uma rescisão contratual.
O caso de Auba é mais complexo: embora nunca tenha sido considerado dispensável, o atacante recebeu sondagens do Chelsea e pode ser liberado.
Do lixo ao luxo
Um ano depois de não conseguir manter Lionel Messi no elenco justamente por causa do fair play financeiro e se ver atolado em dívidas, o Barça foi às compras nas últimas semanas — e para valer. A diretoria catalã, em uma das maiores novelas da atual janela, tirou Robert Lewandowski do Bayern de Munique. Pouco antes, havia anunciado o brasileiro Raphinha, ex-Leeds.
A dupla gerou um gasto de mais de 100 milhões de euros (cerca de R$ 530 milhões) aos cofres do clube — sem contar Koundé, Kessie e Christensen, reforços considerados mais baratos.
Como isso foi possível?
Parte da resposta chama-se Spotify, plataforma de streaming musical que se tornou a maior patrocinadora do time catalão.
O acordo feito neste ano com a empresa irá injetar 440 milhões de euros (quase R$ 2,5 bilhões) nas contas do Barça ao longo dos próximos 12 anos: são 280 milhões de euros (R$ 1,6 bilhão) pelo acordo de patrocínio máster válido por quatro temporadas e mais 160 milhões de euros (R$ 893 milhões) pelos naming rights do Camp Nou até 2034.
Mas não foi só isso: nos últimos meses, o clube negociou 25% dos seus direitos televisivos com a La Liga com um fundo de investimentos norte-americano, em acordo que rendeu mais 474,5 milhões de euros (R$ 2,6 bilhões) aos cofres. Por fim, houve ainda um empréstimo de 155 milhões de euros (R$ 864,5 milhões).
Somados, estes valores atingem a casa dos R$ 6 bilhões — que não foram totalmente usados para a quitação das dívidas, mas sim nas contratações já citadas.
O problema é que, com os pesados salários dos reforços, houve furo do teto estipulado pela La Liga.
Luta contra o tempo
Amanhã (6), o Barcelona encara o Pumas em última partida de pré-temporada, válida pelo Troféu Joan Gamper — o quinteto poderá ser utilizado normalmente pelo técnico Xavi.
No fim de semana que vem, no entanto, o clube estreia no Campeonato Espanhol diante do Rayo Vallecano e já com as regras em vigor. Ainda de acordo com o Sport, "é muito provável" que o problema seja resolvido nos próximos dias, antes da partida.
Mesmo se o bloqueio afetar a equipe na 1ª rodada, a inscrição de atletas nos sistemas da La Liga está permitida até o dia 31 de agosto.
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