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Reforço do Palmeiras, Tabata saiu brigado do Atlético-MG para Portugal

Bruno Tabata, jovem promessa do Atlético-MG - Bruno Cantini/Atlético MG
Bruno Tabata, jovem promessa do Atlético-MG Imagem: Bruno Cantini/Atlético MG

Diego Iwata Lima

Do UOL, em São Paulo

06/08/2022 04h00

Novo reforço do Palmeiras, Bruno Tabata não atuou profissionalmente no Brasil. Em 2015, das categorias de base do Atlético-MG, foi direto para o Portimonense (POR), numa transferência que teve confusão, litígio e, na época, foi muito sentida pelo Galo.

Tabata, que recebeu o apelido na infância pela semelhança física com o ex-jogador do Santos Rodrigo Tabata, era visto como a maior promessa do clube mineiro em muitos anos. Sob comando de Rogério Micale, que viria a ganhar o ouro olímpico com a seleção no ano seguinte, no Rio, Tabata foi, com o Atlético-MG, até as quartas de final da Copinha de 2015, quando foi eliminado pelo São Paulo.

O jogador teve uma boa participação na competição e já vinha sendo monitorado por clubes do exterior, especialmente de Portugal, desde que brilhara na Copa do Brasil Sub-17 em 2014. Em novembro de 2015, começaram os desentendimentos com a diretoria atleticana.

Tabata tinha contrato até o fim de março de 2016, mas manifestou o desejo de deixar o clube mineiro antes do fim do vínculo, diante das muitas sondagens que vinha recebendo. E ao solicitar uma transferência, acabou sendo afastado dos jogos do time, passando a apenas treinar com o elenco. Em dezembro, o Atlético conseguiu uma liminar na Justiça impedindo o jogador de assinar contrato com outro clube.

Por ser um atleta da base, seu contrato permitia, com uma cláusula de preferência, que o Galo tentasse igualar uma proposta salarial de outro clube, o que automaticamente renovaria seu vínculo com a equipe. Se mesmo com o salário igualado, Tabata quisesse sair, o clube mineiro deveria ser indenizado na transferência.

Em janeiro de 2016, o Portimonense protocolou junto à Federação Mineira de Futebol uma proposta salarial oficial de 20 mil euros, então cerca de R$ 80 mil mensais. Na época, o teto salarial dos jogadores da base do Atlético era de apenas R$ 2 mil. E a Justiça do Trabalho liberou sua ida ao Portimonense quatro meses antes do fim do contrato.

O Atlético não engoliu os termos da saída do jogador e seguiu pleiteando receber algo na Justiça. Em março de 2020, a Fifa decidiu que o Portimonense deveria pagar ao Galo 110 mil euros, então R$ 550 mil —muito menos do que a agremiação esperava receber pelo jogador.

Em setembro de 2020, Tabata deixou o Portimonense rumo ao Sporting por 5 milhões de Euros, cerca de R$ 25 milhões. Como clube formador, o Atlético-MG teve direito a receber mais R$ 580 mil (1,8% da transação, no mecanismo de solidariedade da Fifa). Com a transferência de Tabata ao Palmeiras, o Galo vai novamente ser remunerado pelo mecanismo, no mesmo percentual.

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