VP do Fla vê 'perigo' em STJD acatar denúncia contra Gabigol e Arrascaeta
Apesar de estar feliz com a classificação do Flamengo para a semifinal da Copa Libertadores, o vice de futebol rubro-negro, Marcos Braz, deixou clara sua insatisfação com o pedido de reconsideração do Athletico, acatado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), e que colocou os jogadores Gabigol e Arrascaeta em julgamento que irá acontecer no próximo dia 16.
Gabigol foi enquadrado por agressão, no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Se condenado, pode pegar de quatro a 12 jogos. Já Arrascaeta foi denunciado por jogada violenta, no artigo 254, cuja pena vai de uma a seis partidas. Com isso, ambos podem desfalcar a equipe rubro-negra na competição.
"Eu não vou falar em palanque e nem usar a palavra piada em respeito à Procuradoria e às pessoas envolvidas, mas a partir do momento que há lances em que o juiz revisa, aplica uma punição e, no pós-jogo, querer interferir ou sugerir punição que não seja do juiz...", disse Braz, complementando:
"Esquece jogo do Flamengo, acho isso muito perigoso. Acho que isso aí é muito sensível, perigoso. Respeito a posição de quem denunciou, mas eu, como vice de futebol, não posso deixar de emitir minha opinião. Minha opinião é que muito perigoso, depois de um juiz analisar, dar até uma punição, chegar e ter uma situação dessas. Enfim, são os novos tempos".
Nos dois lances em questão, os jogadores do Flamengo foram punidos com cartão amarelo. O pontapé de Gabigol foi no volante Fernandinho, enquanto o carrinho de Arrascaeta atingiu Erick. Posteriormente, o árbitro da partida, Luiz Flavio de Oliveira, foi afastado pela CBF.
Inicialmente, a procuradoria não tinha denunciado os jogadores, mas o clube paranaense insistiu no caso. O Athletico citou justamente a punição imposta pela CBF e pontuou o teor dos áudios do VAR.
O julgamento da dupla será no dia 16 de agosto, na 2ª Comissão Disciplinar. A sessão será na véspera do jogo de volta pelas quartas de final da Copa do Brasil.
A visão do procurador-geral
Gabigol foi enquadrado no artigo com pena mais grave. Para o procurador-geral, Ronaldo Piacente, responsável por reexaminar a notícia de infração do Athletico, o atacante do Flamengo atinge Fernandinho com um chute, desvinculado da disputa de jogo. No entendimento do procurador, a ação de Gabigol é intencional, sem possibilidade alguma de alcançar a bola.
Quanto a Arrascaeta, o entendimento é que a denúncia por entrada violenta se justifica porque não é preciso lesionar o adversário com o carrinho. O uruguaio atingiu a panturrilha de Erick.
"Basta somente que a ação ocorra com o emprego da força incompatível com o padrão razoavelmente esperado para a respectiva modalidade ou a atuação temerária ou imprudente na disputa da jogada, ainda que sem a intenção de causar dano ao adversário", escreveu o procurador.
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