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Libertadores - 2022

Justa? Ex-árbitros analisam expulsão de Scarpa em Palmeiras x Atlético-MG

Wilmar Roldán foi o árbitro do confronto brasileiro, que valeu vaga para a semifinal da Libertadores - DIVULGAÇÃO / CONMEBOL MEDIA
Wilmar Roldán foi o árbitro do confronto brasileiro, que valeu vaga para a semifinal da Libertadores Imagem: DIVULGAÇÃO / CONMEBOL MEDIA

Do UOL, em São Paulo

11/08/2022 04h00Atualizada em 11/08/2022 11h29

A dramática classificação do Palmeiras para a semifinal da Libertadores, em duelo contra o Atlético-MG que acabou nos pênaltis após empate sem gols no tempo normal, ficou marcada por duas expulsões de jogadores da equipe paulista.

Ainda no 1° tempo, Danilo tomou cartão vermelho após entrada dura e de sola em Zaracho —Wilmar Roldán, árbitro colombiano do duelo realizado no Allianz Parque, havia dado amarelo ao palmeirense, mas mudou sua decisão após análise na cabine do VAR.

O lance foi pouco contestado entre os jogadores do Palmeiras, e o próprio volante chegou a pedir desculpas ao adversário assim que cometeu a falta.

Aos 36 minutos da 2ª etapa, no entanto, Gustavo Scarpa também deixou o gramado mais cedo. O palmeirense, depois de um choque com Jair ainda na região intermediária, acertou as travas da chuteira no calcanhar de Allan ao tentar acertar a bola. Roldán aplicou o vermelho direto ao meia.

Para o ex-árbitro Guilherme Ceretta, o colombiano agiu de maneira correta ao expulsar Scarpa. Ele explicou que o jogador obteve vantagem após o contato com Jair e, ao usá-la, acertou o rival de maneira temerária.

"O árbitro foi perfeito. O Scarpa sofreu a falta e ganhou a vantagem, mas na sequencia da disputa, fez uma falta para cartão vermelho", disse ele em entrevista ao UOL Esporte.

Emídio Marques de Mesquita, famoso no mundo do apito entre os anos 1970 e 1980, corroborou a decisão tomada dentro de campo.

"O lance é para expulsão, sim. A arbitragem esteve correta nas três expulsões", falou ele, destacando também o vermelho dado ao auxiliar Vitor Castanheira no final do jogo — o português do Palmeiras se revoltou com Roldán e invadiu o gramado ao fim dos 90 minutos.

O ex-árbitro Ulisses Tavares, um dos mais atuantes nas décadas de 1980 e 1990 concordou com as expulsões, mas destacou uma falta não marcada, segundo ele, que poderia ter mudado o panorama do jogo. "As expulsões foram corretas. Porém, no lance da expulsão do Scarpa, houve uma falta não assinalada pelo árbitro, o que levou o revide imediato e fez com que ele atingisse seu adversário de forma perigosa no tornozelo. Portanto, se fosse assinalada a falta no início da jogada, possivelmente não teríamos essa expulsão".

Durante a transmissão da "ESPN", Carlos Eugênio Simon concordou com a expulsão, mas apontou uma demora de Wilmar Roldán no lance. "O árbitro demorou para apitar. O Scarpa chuta a bola e deixa o pé no tornozelo. A falta aconteceu. Ele demora para apitar. O Scarpa vai para dividida e chuta a bola. Na sequência, ele deixa o pé e acerta o tornozelo do adversário. Jogo brusco grave, bem expulso o Scarpa, também na cara do árbitro''.

Abel Ferreira critica expulsão de Scarpa

O técnico Abel Ferreira analisou as duas expulsões em sua entrevista coletiva depois da partida. O português disse concordar com o cartão vermelho para Danilo, mas reclamou de uma falta não marcada a favor do Palmeiras antes da jogada que resultou na expulsão de Gustavo Scarpa.

"A primeira expulsão é justa, conheço o Danilo, sei que ele não é agressivo e maldoso, mas é justo. O segundo, se olharmos o início o que aconteceu, há uma falta antes, eu até pensei que depois de apitar não poderia expulsar, mas me enganei. O Scarpa só faz o que faz porque tem um puxão. Mas o senhor árbitro manda, como ao acabar o jogo da forma que acabou. Estava muito chateado. Temos de ser competentes no que fazemos. Deu a expulsão, deixou organizar para bater e acabou. Eu disse ao quarto árbitro. Só criou a confusão por ele. Mas só tenho isso a dizer".