Com Abel, Palmeiras vai se especializando em momentos mágicos e heroicos
As quartas de final da Libertadores de 2022, contra o Atlético-MG, sem dúvida já entraram para o rol de momentos mais impactantes, para não dizer mágicos, da história do Palmeiras.
Um 0 a 2 que se tornou 2 a 2 nos minutos finais, com o Mineirão lotado na ida. Uma vitória nos pênaltis, depois de ter dois jogadores expulsos e segurar o empate sem gols, placar que foi salvador diante do poderoso atual campeão brasileiro.
Sob o português, o Palmeiras encanta pelo rigor tático, mas momentos de superação, em que algo mais do que a mera lógica, parecem entrar em campo, também apareceram aos montes na trajetória do atual Palmeiras.
O time de Abel Ferreira parece não se contentar com o mero fato. Como se precisasse sempre de algo para tornar mais marcante cada momento.
O gol de bicicleta de Rony contra o Cerro Porteño (PAR)
O jogo e o duelo estavam decididos com um 4 a 0 em casa, depois do triunfo por 3 a 0 na casa do Cerro Porteño. Mas faltava algo a mais naquela classificação.
A cereja do bolo veio justamente com o jogador que, talvez, melhor simbolize o pensamento de Abel Ferreira: trabalho e dedicação levam ao sucesso.
Rony havia tentado 17 bicicletas antes daquela noite em que conseguiu acertar um chute perfeito e selar a classificação do Palmeiras às quartas de final da Libertadores, decretando o 5 a 0.
Quem estava no estádio sabia estar presenciando algo fora da curva. Não à toa, o Allianz Parque explodiu como num título.
A virada em cinco minutos no Morumbi
O Morumbi, em jogos contra o São Paulo, sempre foi um fantasma para o Palmeiras. Por isso, não apenas vencer, mas vencer de virada, com gols aos 40 e aos 46 minutos do segundo tempo é daquelas histórias que o palmeirense jamais vai se esquecer.
Se no fim do Brasileiro, o Palmeiras chegar em primeiro, esse jogo ficará marcado como chave para a conquista. Com a vitória, o Alviverde evitou que o São Paulo ficasse a apenas três pontos distante na tabela, abrindo logo nove de vantagem.
Gol de Veiga que deixou a chama acesa e a goleada no jogo de volta
Os 3 a 0 para o São Paulo eram mais do que justos, na final do Campeonato Paulista desta temporada. Se o jogo de ida, no Morumbi tivesse acabado assim, ninguém do lado alviverde poderia reclamar - ainda que o lance que originou o pênalti convertido por Jonathan Calleri seja discutível.
Mas Veiga achou um gol de falta, já no fim da partida, que transformou a façanha a ser feita no segundo jogo em algo bem mais palpável. Na volta, animados pela pouca vantagem, o Palmeiras fez não só os dois que levariam o jogo para os pênaltis: anotou logo 4 a 0, para não deixar dúvidas.
Deyverson dá a taça ao Verdão em Montevidéu
Se Luiz Adriano não tivesse deixado o foco no trabalho de lado no segundo semestre de 2021, dificilmente Deyverson teria entrado em campo na prorrogação da final da Libertadores de 2021, contra o Flamengo.
Deyverson não havia sido um pedido de Abel, mas foi ficando no grupo à medida que sua dedicação nos treinos foi conquistando o técnico português. Mesmo assim, sua entrada na prorrogação da partida parecia algo improvável.
Em cinco minutos daquele 27 de novembro, no entanto, Deyverson fez valer sua entrada em campo. O camisa 9 roubou a bola, após falha de Andreas Pereira, avançou e bateu na saída de Diego Alves para dar a terceira Libertadores ao Verdão.
O improvável gol de Breno Lopes
O empate em 0 a 0 parecia inevitável naquele Palmeiras x Santos que decidiu a Copa Libertadores de 2020, em 30 de janeiro de 2021. Mas Cuca, técnico do Peixe, decidiu pegar a bola de Marcos Rocha, antes que ele pudesse recolocá-la em jogo.
Era o que o Palmeiras precisava para se reagrupar e para fazer uma alteração que não estava prevista: inverter os lados de Rony e Breno Lopes no ataque.
Cansado, Rony pediu para o companheiro ir para a esquerda, e ele ficaria à direita. E foi no lado para qual Rony o mandou que Breno recebeu cruzamento do próprio Rony para vencer o goleiro John, que ficou parado. E o Palmeiras sagrou-se campeão da Libertadores, no Maracanã.
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