Corinthians: As opções de VP para suprir ausência de Willian no clássico
A semana turbulenta do Corinthians desemboca em um clássico com cara de decisivo no Brasileirão. No dérbi contra o Palmeiras, às 19 horas (de Brasília) de amanhã (13), o Alvinegro chega sem seu principal jogador, Willian, que há poucos dias decidiu não jogar mais pelo clube e deixa como herança o desafio de alguém suprir sua ausência.
De cara, as opções de Vítor Pereira são poucas. Restam seis atacantes no elenco: Adson, Giovane, Gustavo Mosquito, Júnior Moraes, Róger Guedes e Yuri Alberto. Dois ou provavelmente três deles devem começar jogando contra o Palmeiras, a depender de como o treinador queira montar o ataque. Abaixo, algumas possibilidades.
Mosquito é substituto natural
Nos planos de VP, o reserva imediato de Willian no elenco era Gustavo Mosquito, por isso neste ano foi mais frequente ver um substituindo o outro do que ambos jogando juntos no Corinthians. O camisa 19 deve ser titular no clássico, mas resta saber o lado: na esquerda, onde jogou por meses como alternativa a Willian; ou na direita, sua posição preferida. Se as ideias e o esquema tático forem mantidos, o titular do lado contrário deve ser Adson, com Róger Guedes centralizado.
Róger na posição que ele tanto gosta
O desacordo entre Róger Guedes e Vítor Pereira sobre a posição ideal do atacante é público: ele prefere jogar na esquerda, mas o técnico diz que para isso teria que marcar mais o lateral adversário. No entanto, a saída de Willian é um elemento novo nesta conversa e, se VP mudar de ideia, pode inclusive escalar Róger junto de Yuri Alberto. O técnico já disse que "em alguns jogos eles podem jogar juntos, em outros não", porque nenhum deles marca bem, e isso "cria muitos problemas lá atrás".
Mudança de esquema?
Vítor Pereira é adepto do esquema com dois pontas e um atacante centralizado e no Corinthians ainda não deu sequência a outras formações. Se quiser estudar a possibilidade, porém, ganha a alternativa de ter Róger Guedes e Yuri Alberto juntos na frente de quatro meio-campistas. É improvável que o treinador mude o desenho do time tão drasticamente em um jogo decisivo como o clássico, mas seria uma opção para as próximas semanas.
Quem se torna a referência técnica?
Ainda que não tenha feito os gols que dele se esperava, Willian foi a referência técnica do Corinthians nos jogos em que esteve em campo. Os companheiros o procuravam, e ele era criativo. Não à toa, no Brasileirão, Willian tem a segunda maior média do time no quesito passes-chave por jogo (1,2 por jogo) —"passe-chave" é aquele que deixa o companheiro em condições de finalizar. Os dados são do "sofascore.com".
Coincidência ou não é a mesmíssima média de Renato Augusto, que tem outras características e joga em outra posição, mas é tão importante quanto para a equipe. O meia voltou de lesão há dois jogos e deve naturalmente assumir o papel de principal armador de jogadas do Corinthians.
Camisa 10 deve fazer falta
Os números de Willian não foram os melhores no Corinthians -só um gol marcado em 45 jogos- mas a estatística sozinha não explica sua importância para o time. Ele próprio justificou nesta semana que "nunca foi jogador de fazer 20 ou 30 gols por temporada". De fato, nos últimos meses ele esteve mais envolvido na criação do que na definição de jogadas. Em resumo: não decidiu, mas contribuía, e agora fica o desafio de alguém suprir sua ausência na função.
É um erro muito grande avaliar o desempenho do Willian no Corinthians só com o número de gols e assistências. Nenhum jogador é avaliado só por estatísticas, sem olhar o campo. É óbvio que ele não jogou o futebol que poderia ter jogado, mas temos que olhar as circunstâncias. O Corinthians também não produz muito ofensivamente, então ele de fato não faria muitos gols. Ele é acima da média e poderia jogar mais, mas com estes problemas, não conseguiu. Vai fazer falta, sim, mesmo estando abaixo do que poderia produzir. O Corinthians com o Willian em campo era um time que tinha mais condições de criar e, se às vezes não fazia isso, era porque coletivamente não estava tão organizado para isso."
Rodrigo Coutinho, colunista do UOL
Sem Willian, eu jogaria o Dérbi com Mosquito, Yuri Alberto e Adson. Como o Palmeiras é muito forte pelos corredores, não é uma boa começar com Róger Guedes, que tem dificuldades na marcação. Das opções ofensivas, Adson é quem marca melhor. Precisa jogar.
Ricardo Perrone, colunista do UOL
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.