Danilo Barbosa fala sobre perda da filha e explica escolha pelo Botafogo

Anunciado oficialmente na última sexta (12), o volante Danilo Barcelos se emocionou em sua primeira coletiva no Botafogo. Na entrevista de hoje (15), no Estádio Nilton Santos, o jogador explicou que a escolha pelo Glorioso aconteceu depois de um drama pessoal, a perda de sua filha.

"Recentemente, passei por um momento extremamente complicado. Conversei com a minha esposa e falei que era o momento de a gente voltar e restabelecer o espírito, a mente. Como homem da casa, falei com ela que a decisão seria 50 a 50. Ela sempre esteve ao meu lado. Deveria estar aqui antes, mas acabei perdendo minha filha, cinco meses, foi uma dor muito grande. Dei muita força para ela e, em conjunto, nos organizamos para voltar. Quero voltar a jogar futebol com alegria. Espero poder dar meu melhor em prol desse grupo, desse clube, que me abraçou em um momento de extrema necessidade. Estou aqui muito motivado e alegre para dar minha vida aqui", declarou, sem dar mais detalhes sobre o ocorrido.

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Após defender o Palmeiras em 2021, o atleta regressou para o Nice, da França, onde fez apenas um jogo neste ano, ainda em fevereiro, quando atuou na zaga.

"Tem um certo tempo, porém sigo treinando e estou bem fisicamente, ganhando a parte cardio e física. Aconteceu de atuar como zagueiro por um improviso, teve uma onda de lesões no elenco. Tive essa flexibilidade e concordei para ajudar o grupo. Me sinto bem e alegre no meio, mas tudo que seja para ajudar o grupo estarei disponível", comentou.

"Voltei alegre, com extrema ambição de contribuir ao máximo para que o clube siga a linha de vitórias. Estou extremamente motivado para dar o meu melhor nessa temporada que nos resta e visando o futuro próximo", complementou.

Confira outros trechos da coletiva

Relação com os técnicos portugueses
A minha relação com os portugueses foi um pouco intensa do que com outras escolas. Saí muito jovem e fiquei muito tempo em Portugal. Mesmo fora de lá, tive muito contato com os portugueses. A volta ao Brasil foi com o Abel. Acompanhei um pouco do trabalho, ainda não tive um contato direto com ele (Luís Castro) e o grupo. Conheço bem, é um bom treinador, de qualidade. Peguei informações com jogadores e tem tudo para dar certo.

Poucas oportunidades
Saio do Palmeiras em um período complicado e chego hoje também no decorrer da temporada, assim como chego hoje, com o grupo formado e o treinador com suas escolhas. Cheguei para ajudar e me mostrei disponível. Temos que respeitar a decisão do treinador sempre.

Experiência na Europa e no Palmeiras
Não são iguais, similares por se tratar de futebol. Sempre procuro tirar proveito, mesmo quando não é tão positiva. Voltar ao futebol brasileiro em 2021 foi muito bom para mim, saí daqui com 17, 18 anos. Aprendi tudo lá fora, não vivenciei aqui. Em termos de adaptação acredito que seja muito mais fácil, sem tanta diferença. Claro que a demanda de jogos aqui é impressionante, acabamos jogando com uma certa fadiga, algo que não se tem lá fora. Procurar se adaptar o quanto antes no grupo para dar o melhor no dia a dia. Ser campeão da Libertadores é uma emoção única.

Trabalho com Patrick Vieira
Foi muito bom, é uma figura muito positiva no futebol mundial. Além de um bom jogador, é um bom treinador. Aprendi muito com ele e foi muito positivo para mim.

Disputa por vaga no Botafogo
É sempre bom ter grandes jogadores ao seu lado. A disputa vai acontecer com quatro, com cinco, desde que seja sadia. Todos dando seu melhor em prol do coletivo.

Situação do Botafogo
Clube passa por um momento importante, de transição. A questão é mais trabalho, maturidade, para que as coisas comecem a ganhar forma. Na soma total, essa paciência e a constância de trabalho temos que manter para que as coisas corram bem