Cruzeiro se cerca de cuidados com promessa da várzea para não repetir Roque

A captação do jovem Davi Luiz, de 12 anos, para as categorias de base, mostra que o Cruzeiro já possui sutis ações em busca da revelação de atletas e para evitar problemas que teve recentemente com jovens promessas. O garoto, que viralizou após um golaço na última semana no futebol de várzea, fará um período de testes na Toca da Raposa I. No entanto, o clube não fez alarde em cima do jovem jogador, que também havia despertado interesse de outros clubes, mas decidiu se apresentar à Raposa.

O Cruzeiro pretende oferecer a Davium p rojeto a longo prazo. Neste momento, o clube quer que o garoto tenha tranquilidade para passar pelo período de testes sem que ele sofra uma pressão considerada desnecessária pelo fato de ter ficado conhecido pelo lance do gol. Davi Luiz já se apresentou na Toca I para dar início aos trabalhos.

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Em meio à reestruturação que o clube passa, agora com a chegada de Ronaldo Nazário no controle das ações da SAF, o Cruzeiro busca não repetir erros que terminaram em frustração pela perda de jogadores jovens e de potencial. A saída de Vítor Roque para o Athletico em abril foi uma delas, mas a própria chegada do jogador às categorias inferiores já havia sido conturbada.

Roque pertencia à base do América-MG, quando em 2019, sem qualquer aviso prévio, se apresentou ao Cruzeiro. O Coelho acusou o clube celeste de aliciamento e o caso foi parar na Justiça. O imbróglio só foi resolvido após o América ficar com 35% dos direitos do jogador, que seriam repassados ao clube quando ele assinasse o primeiro contrato profissional com o Cruzeiro, o que aconteceu em fevereiro de 2021.

Em maio do ano passado, o Cruzeiro também perdeu o jovem Estevão Willian, conhecido como "Messinho" na base celeste, para a base do Palmeiras. O jogador de 14 anos assinou com o clube paulista o contrato de formação. Messinho foi mais um atleta a ter imbróglio no clube ainda na base.

Na denúncia de irregularidades na gestão de Wagner Pires de Sá, reveladas pelo Fantástico em 2019, Estevão se tornou pivô de polêmicos contratos assinados entre dirigentes e empresários. Na época a matéria revelou que Wagner Pires cedeu 20% de direitos econômicos do jogador a um empresário, sendo que a prática é proibida pela Fifa para atletas com menos de 16 anos.