Família Scolari 2.0: como Felipão encara profecia de Mundial no Athletico
O Athletico sonha com a conquista do Mundial de Clubes e a meta, em tom quase profético de Mario Celso Petraglia, presidente do clube, é chegar lá até 2024. Hoje (17), o time recebe o Flamengo no jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil com uma estratégia que já rendeu título do gênero: a união nos bastidores com direito a sobrenome. A família Scolari, liderada por Felipão. Em 2002, à frente da seleção brasileira, o treinador comandou um time com média de idade muito parecida com a do atual em Curitiba.
Aos 73, Luiz Felipe Scolari ostenta quase 68% de aproveitamento à frente do Athletico. O time, em campo, carrega o ambiente de família que Felipão sabe criar.
Na Copa do Mundo de 2002, a seleção brasileira teve média de idade de 26,2 anos e levou o caneco. O Athletico venceu o Estudiantes, da Argentina, e chegou à semifinal da Libertadores com média de idade de 26,7 anos. No jogo de ida com o Flamengo, a equipe tinha média de 26,3 anos. E na vitória por 2 a 0 em cima do Palmeiras, em pleno Allianz Parque, o número foi ainda mais baixo: 23,7 anos. Três dos jogos mais emblemáticos do time na temporada.
No CT do Caju e na Arena da Baixada, a relação de Scolari com o elenco é elogiada ao máximo. Nos primeiros jogos, a comissão técnica priorizou ajustes defensivos. Avançou para estratégias ofensivas e tem dado liberdade à frente para as individualidades brilharem. Mas tudo começou fora das quatro linhas.
O Athletico tem repetido uma prática de Felipão que é símbolo da ideia de família. Desde os tempos de seleção brasileira e portuguesa, o treinador orienta que o elenco não fique distribuído em pequenos grupos durante as refeições. No Furacão, a família Scolari se reúne à mesa. De preferência, uma só. Grande e sem divisões.
Em diferentes entrevistas, o treinador tem citado o acolhimento do elenco como pilar para os resultados. Nos bastidores, o resumo é o mais claro possível. O grupo acredita nas ideias do gaúcho e tem confiado no treinador.
O cenário no Athletico é oposto ao vivido no Grêmio, em 2021. Contratado após a saída de Tiago Nunes, Felipão melhorou o aproveitamento do time gaúcho e lutou para sair do Z4. Foi desligado do cargo depois de derrota para o Santos, na Vila Belmiro, e a equipe nunca mais repetiu os resultados e também não escapou do rebaixamento.
Com o comandante, o Athletico jogou 27 partidas e acumula 16 vitórias, sete empates e somente quatro derrotas. Nenhuma delas nos torneios de mata-mata. Ah, e a profecia do Mundial?
"Se o Corinthians foi, o Internacional foi, o Santos, o São Paulo, por que não podemos sonhar em sermos também? Depende da competência, da crença, do trabalho, ninguém vai nos impedir", disse Petraglia em maio deste ano.
O duelo com o Flamengo mantém chance de título na Copa do Brasil e também prepara o time para a semifinal da Libertadores, diante do Palmeiras. A certeza, agora, é que a família está à mesa de novo.
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